Eu já vi tantos milagres que não tenho dúvida do poder de Deus. É por isso que recomendo a todos:
“Vá ao sacrário e fale com Jesus. Ele é o Filho de Deus, o Todo-Poderoso e nos ama. Ele quer o melhor para nós. E não há melhor amigo do que Ele.”
As pessoas que seguem meu conselho voltam com um enorme sorriso nos lábios. Eu percebo o que aconteceu e sussurro um: “Obrigado Jesus.”
– Cláudio, você não vai acreditar no que aconteceu comigo e com Jesus!
– Eu posso imaginar, mas me diga.
E ficamos conversando por horas, maravilhados com as coisas do nosso amado Jesus, que está vivo em cada hóstia consagrada pelas mãos dos sacerdotes.
Tantos agradecimentos recebidos e imerecidos… Compartilho-os em meus livros e nos artigos publicados na Aleteia. Tanta coisa para entender, lindas carícias do céu!
Uma missa na igreja de Carmem
Há poucos dias estive na igreja de Nossa Senhora de Carmem. A primeira coisa que faço sempre que entro numa igreja é procurar Jesus no sacrário para o saudar. Ali, em Sua presença, lembrei-me de algo que me aconteceu.
Foi há alguns anos, com um Cláudio mais jovem e ingênuo. Eu estava na Missa das 18 horas. O padre nos convidou a entrar na fila para comungar.
Eu estava me sentindo particularmente feliz naquela tarde. Estava ansioso pela Comunhão e, por dentro, rezava fervorosamente.
O padre estava em uma cadeira de rodas e um diácono o ajudava. O sacerdote pediu-lhe, então, para pegar as hóstias consagradas depositadas no sacrário, junto ao altar.
De repente, notei que algo incomum estava acontecendo. O diácono tentava, em vão, girar a chave na fechadura da portinha. Não conseguia.
A chave estava emperrada e não havia como abrir. Por isso, esperamos na fila por um tempo. Ele tentou com as duas mãos, imprimiu todas as suas forças, mas foi inútil. A chave não girava e o sacrário permanecia fechado com as hóstias consagradas dentro.
Enquanto isso, crescia a fila na nave central da Igreja e a inquietação de quem se preparava para comungar era evidente.
“Motor de Alma”
Não me pergunte por que fiz isso, foi um impulso da alma. Naquele momento, diante do olhar espantado de todos, saí da fila e caminhei decididamente em direção ao sacrário. O diácono me olhou surpreso e disse:
– A chave está presa dentro da fechadura! Não gira nem sai. Eu tentei de todas as maneiras possíveis. Receio que alguma parte da fechadura esteja quebrada.
Eu, então, sugeri:
– Posso tentar?
Ele deu um passo para o lado em um gesto afirmativo.
Um pequeno milagre
Tentei virar a chave de várias maneiras e tive a certeza de que ela estava presa dentro da fechadura.
Fiz o possível com as duas mãos, tomando cuidado para não quebrar, mas não deu certo. Olhei de volta para a fila. Eles olhavam para mim imaginando o que estava acontecendo.
“Talvez Jesus possa nos ajudar”, disse a mim mesmo, sabendo que Ele estava naquele sacrário
Ajoelhei-me com fervor e humildade diante de Jesus e entoei uma oração em voz alta:
— Olha, bom Jesus, toda essa gente que quer te receber. Você vai deixá-los sair sem comunhão?
Peguei a chave novamente e a enfiei na fechadura. Foi incrível! Ela girou suavemente no trinco, tão suavemente que o diácono olhou para mim com espanto, como se dissesse:
-Isso não é possível. Não pode ser.
Ajoelhei-me, dei graças a Jesus e me voltei ao diácono:
— Está resolvido… Voltarei à fila para comungar. Você fica com Jesus.
Ele agradeceu com a cabeça, abriu a porta, retirou cuidadosamente o cibório e o levou ao padre. Voltei à minha posição na fila, com gratidão no coração… e todos comungamos.
