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Comece o ano com Santa Teresinha do Menino Jesus

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Manuel Cohen / Aurimages

Escultura em bronze de Santa Teresa de Lisieux com 11 anos, de autoria de Fleur Nabert - Chapelle Notre Dame du smile, Lisieux (Normandia).

Valdemar De Vaux - publicado em 02/01/23

O ano de 2023 começa com a celebração, no dia 2 de janeiro, do 150º aniversário do nascimento desta Doutora da Igreja. Por que não se inspirar nela para passar este ano seguindo o Senhor?

Em 2 de janeiro de 1873, Luís e Zélia Martin, o primeiro casal canonizado da Igreja, deram as boas-vindas a uma quinta filha em sua família: Teresa. Apesar de ter sido mimada pelos pais e pelos mais velhos, sua vida não oi fácil. Marcada pela morte e separação da mãe, depois das irmãs e do pai, a existência da jovem de Lisieux é um verdadeiro impulso de luta para se converter e superar a falta de amor. 

Que tal, então, começarmos o ano inspirados na história de vida de Santa Teresinha? Ela mesmo sugere alguns caminhos para que nós também podemos seguir.

1Desejo poderoso por Deus

“A primeira palavra que pude ler foi esta: ‘céu'”, explica Santa Teresinha do Menino Jesus em seus Manuscritos – prova de que toda a existência da menina de Lisieux não tem horizonte senão o céu, a vida com Deus. 

Esta ardente atração pela vida bem-aventurada, este profundo desejo de santidade, lê-se também na sua afirmação juvenil: “Eu escolho tudo”. Não por vontade de poder, mas por uma consciência muito viva de que só o Infinito pode saciar a sede mais íntima de cada um. 

2Amor nas pequenas coisas

Não há necessidade de grandeza no dom de si. Ao contrário, a “pequena via” de Teresa – que a tornou famosa – consiste em saber que ela é muito pequena para deixar o próprio Jesus agir em si mesmo nas coisas mais cotidianas. 

Jean de Saint-Cheron observa que a santa de Lisieux “descobrirá pouco a pouco que, se isso a assusta demais, é porque ela faz uma montanha de todo esse heroísmo fantasioso e batalhas gigantescas, enquanto se trata de viver dia a dia. Há coragem sem glória vã.”

A própria carmelita disse: “Maria [sua irmã] falou das riquezas imortais que são fáceis de acumular a cada dia”. Mas, para isso, deve haver um apoio seguro, que Santa Teresinha do Menino Jesus, atraída pela humildade do menino na manjedoura, encontrará em total confiança no criador e salvador: “Para te amar como tu amas, devo pegar emprestado seu próprio amor, só então encontro descanso.”

“Ele queria mostrar sua misericórdia em mim; porque eu era pequena e fraca ele se rebaixou para mim, me ensinou coisas secretas do seu amor”, explica. É esta confiança infinita na misericórdia que lhe permite voar alto no amor dos outros. E amar, por exemplo, aquela irmã ao lado que range os dentes ou passar a vassoura com amor, oferecendo suas orações pelos sacerdotes e pela conversão dos pecadores (que podem andar de mãos dadas). 

3Sob o manto da Virgem Maria

Muito jovem, a quinta filha de Luís e Zélia Martin volta o olhar para a mãe celestial. Enquanto uma estranha doença psicológica a manteve na cama até maio de 1883, toda a família Martin confiou na Virgem Maria. Dizia Santa Teresinha: “A doce Rainha do Céu cuidava de sua frágil florzinha, sorria para ela do alto de seu trono e estava prestes a deter a tempestade quando a flor estava para se romper sem volta” . 

Foi à mãe de Cristo que a santa carmelita atribuiu a sua cura, tendo-se acalmado com o sorriso radiante da sua estátua sentada ao lado do seu leito. “O que me penetrou até ao fundo da alma foi o ‘ sorriso encantador da Santíssima Virgem’. Então todas as minhas tristezas desapareceram”, afirmou.

4Esteja ciente da luta

Se Santa Teresinha do Menino Jesus é por vezes associada ao sentimentalismo, é contra a sua vontade. Porque o amor, especialmente nas pequenas coisas, não é evidente. Desde o início de sua vida, ela compreendeu que o amor exige sacrifício e que o sofrimento é uma realidade a ser acolhida. Já marcada pela morte da mãe, ela sofrerá aos nove anos com a separação da querida irmã mais velha, Pauline.

Para chegar ao céu, portanto, seria necessário que a jovem superasse suas doenças, tanto carnais quanto espirituais: “Mas se o bom Deus permitiu que o demônio se aproximasse de mim, ele também me enviou anjos visíveis”, afirmou ela.

Santa Teresinha também declarou: “Tive que passar por muitas provações, mas o chamado divino era tão premente que, se tivesse que passar pelas chamas, o teria feito para ser fiel a Jesus”. Teresinha manifestou essa fidelidade a Jesus muitas vezes: desde a perda de entes queridos à doença, dos escrúpulos aos aborrecimentos na vida comunitária, a carmelita soube lutar para colocar o amor em todos os lugares, nos mais pequenos momentos da existência.

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