Paradoxalmente, dois versículos do Evangelho juntam a capacidade de Jesus de atrair as multidões e o escândalo que o seu ensinamento provocava.
“E a multidão voltou a juntar-se, de modo que nem podiam comer. Quando seus familiares ouviram isto, saíram para contê-lo, pois as pessoas diziam: ‘Ele enlouqueceu'”.
Há alguma verdade em dizer que Jesus está anunciando algo louco.
Seu ensinamento é realmente uma loucura para o mundo. A lógica de Jesus não é a que normalmente usamos. Ele ensina algo que teimosamente vai na direção oposta.
É loucura oferecer a outra face a quem nos dá um tapa. É loucura perdoar setenta vezes sete aqueles que nos ofenderam. É loucura amar os inimigos ou rezar por aqueles que nos fazem sofrer. É loucura não confiar nos bens deste mundo. É loucura renunciar ao uso da força. É loucura deixar-se capturar, prender, sujeitar-se a uma injusto julgamento e ser crucificado sendo inocente, e tudo isto simplesmente por amor.
Jesus ama loucamente a mim e a você. Ele não tem vergonha de dizer, de mostrar, de provar esse amor com a vida.
São Paulo definia essa verdade justamente como “a loucura da cruz”. Mas, como ele apontou, e com razão, “a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria dos homens, e a fraqueza de Deus é mais forte do que a força dos homens” (1 Coríntios 1,25).
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