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A humanidade a 90 segundos do Juízo Final

Relógio do Juízo Final

Shutterstock / Ronnie Chua

Ricardo Sanches - Jaime Septién - publicado em 27/01/23

Cientistas movem os ponteiros do Relógio do Juízo Final e colocam a humanidade mais perto do que nunca do apocalipse

A guerra lançada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, motivou o Conselho de Ciência e Segurança do Boletim de Cientistas Atômicos a colocar o Relógio do Juízo Final a apenas 90 segundos do que eles consideram o fim da vida terrestre.

O Relógio do Juízo final é uma metáfora de quão perto o planeta está da sua autodestruição.

Em seus 76 anos de história, o Boletim nunca considerou que a humanidade estivesse tão perto do fim como agora. E olha que a entidade já testemunhou as guerras na Coreia, no Vietnã, a Guerra Fria, a Crise dos Mísseis de Cuba e o ataque terrorista de 11 de setembro nos EUA.

Eles conhecem as consequências

Os cientistas idealizadores do Relógio do Juízo Final sabem o que pode acontecer em uma guerra nuclear como a que Putin anuncia em sua ambição excessiva por “recuperar” a Ucrânia para a Rússia.

Como estabelece o Boletim, o Relógio do Juízo Final “é um indicador universalmente reconhecido da profunda vulnerabilidade do mundo às armas nucleares, mudanças climáticas e tecnologias disruptivas. Quanto mais perto da meia-noite, maior o perigo para a nossa existência.”

A guerra na Ucrânia está prestes a completar um ano e o Boletim afirma que, “o mundo está num momento muito perigoso. Dezenas de milhares de pessoas, incluindo muitos civis inocentes, foram mortos. Nenhuma solução óbvia para o conflito está em vista.”

De fato, o Conselho de Ciência e Segurança do Boletim dos Cientistas Atômicos vê com grande preocupação o movimento das tropas russas perto de Chernobyl e Zaporizhia, “violando os protocolos internacionais e arriscando a liberação generalizada de materiais radioativos”.

Certamente, a perspectiva de uma guerra nuclear é a que mais preocupa a entidade, mas também há outras ameaças que pairam sobre a humanidade, como as tensões entre os Estados Unidos e a China, as alterações climáticas, a utilização de combustíveis fósseis, a emissão de gases do efeito de estufa e as consequências imprevisíveis da Covid, entre outras.

Enfim, os membros do Boletim dizem que “se alguma vez houve um momento para os líderes mundiais agirem para voltar no tempo, é agora”.

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CiênciaGuerraRússiatecnologia
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