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O perigo para aqueles que levam a religião a sério

Mãos de mulher rezando em igreja

No-Te Eksarunchai | Shutterstock

Pe. Luigi Epicoco - publicado em 08/02/23

Devemos estar sempre vigilantes; ninguém está imune a este risco

No Evangelho de São Marcos, lemos que Jesus desmascara uma atitude que nos afeta tanto quanto afetou seus contemporâneos: fazer da fé uma mera soma de rituais, preceitos e tradições. Os hábitos religiosos por si só não podem nos salvar quando algo sério surge em nosso caminho. Podem não passar de puros gestos, que acabam por atrapalhar o mais importante: conhecer e amar a pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus.

Se um jejum, uma oração ou uma tradição religiosa perde de vista seu objetivo, que é promover um relacionamento com Cristo, podemos nos tornar especialistas religiosos, mas permanecer ateus no sentido mais existencial do termo – ou seja: podemos estar vivendo sem Deus. 

Nenhuma prática religiosa deve substituir um relacionamento vivo com Jesus. Se um preceito, mesmo o mais louvável, se torna mais importante do que o próprio Jesus, isso significa que nos tornamos hipócritas – a mesma hipocrisia que Jesus denuncia através das palavras do profeta Isaías:

“Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim; em vão me adoram, ensinando preceitos humanos como doutrinas”. 

Manter nossos corações próximos a Ele é nossa verdadeira preocupação. Lembro-me de tantas comunidades, associações ou movimentos eclesiais que, muitas vezes, defendem seus pontos de vista, suas tradições e seus louváveis ​​hábitos a ponto de idolatrá-los. Eles arriscam relativizar Cristo em vez de relativizar a si mesmos e suas próprias tradições. 

Devemos estar sempre vigilantes; ninguém está imune a este risco.

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