Aqui está um padre que não passa despercebido. Este homem forte de colarinho romano com barba cinzenta é o Padre Artur Kaproń, pároco de São Maximiliano Kolbe em Osiecznica (Polônia). Sua vocação para o sacerdócio veio até ele quando ainda estava no colegial. Depois de concluir o ensino médio, Artur estudou Direito. Ele ingressou no seminário e foi ordenado em maio de 2003. “O que eu mais amo em meu ministério é simplesmente servir a Deus através dos outros”, diz ele a Aleteia. “Tenho esta preocupação ‘espiritual’ pela salvação do povo que Deus colocou em meu caminho”, continua ele, dando o exemplo do Cura d’Ars: “Um padre vai para o céu com todos os seus paroquianos, ou nenhum”.
Se preparar as almas de seus paroquianos é seu objetivo final, o Padre Artur é também um verdadeiro treinador esportivo. Ele é apaixonado por musculação e treina diariamente, incentivando muitos de seus paroquianos a praticar o esporte para se manterem em boas condições físicas. “O corpo é o templo do Espírito, por isso vale a pena cuidar dele”. Não há obrigação de se tornar um esportista profissional, longe disso, mas fazer o mínimo e comer de forma saudável me parece importante”.
Para o Padre Artur, esta é uma maneira concreta de se lembrar que rigor, disciplina e constância se aplicam tanto ao esporte quanto à oração e a toda a vida de um cristão. “Se eu abandonar meu treinamento, desperdiço todo o trabalho que fiz até agora, e perco o desempenho”, diz ele. “Bem, é o mesmo com nossa vida espiritual. Se eu não rezar, se eu negligenciar os outros, minha vida como cristão perde todo o sentido”.
Construindo músculos e almas
No entanto, não se trata de passar o dia inteiro na academia. Estou na academia por uma hora e meia, quatro a cinco vezes por semana”, diz o Padre Artur. “Para não interferir no resto das minhas tarefas, levanto-me às 5 da manhã, faço exercícios, tomo um banho rápido e rezo a liturgia das horas”.
Muitas pessoas na academia sabem que este homem musculoso é o Padre Artur. “Acho que estou necessariamente evangelizando um pouco desta maneira”. “A maioria das pessoas na academia sabe que eu sou padre. Eu gosto de usar uma camiseta com alguma frase evangelizadora”, admite ele. “Isso pode irritar algumas pessoas, mas acho que pode fazer outras pensarem. Eu só faço meu trabalho e deixo o resto para Deus”.
