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Catedral de Notre Dame não reabrirá a tempo das Olimpíadas de Paris em 2024

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Catedral de Notre Dame de Paris em chamas

Loic Salan | Shutterstock

J-P Mauro - publicado em 10/03/23

Mesmo assim, os responsáveis pela restauração estão confiantes de que ela estará aberta até o final do ano que vem

Depois de anos prevendo que a Catedral de Notre Dame de Paris seria reaberta a tempo para os Jogos Olímpicos de 2024 na capital francesa, os responsáveis pela restauração anunciaram que não cumprirão o prazo. Apesar da decepção para quem visitará Paris durante as Olimpíadas, os fiéis católicos têm motivos para se animarem, já que a nova data de reabertura ainda lhes permitirá voltar a participar da Santa Missa de Natal de 2024 na catedral, conforme estava previsto.

A reabertura até o final de 2024 se enquadra no prazo de cinco anos que foi estimado no início da reconstrução. Em janeiro, Aleteia informou que a abóbada de pedra do transepto norte tinha sido restaurada, o que permitiu que as equipes começassem a reconstrução da icônica torre projetada originalmente por Eugène Viollet-le-Duc no século XIX. A torre está em vias de ser concluída em 2023, restaurando assim o horizonte parisiense ainda neste ano.

De acordo com a France 24, o general francês Jean-Louis Georgelin confirmou que Notre Dame não será reaberta para os Jogos Olímpicos, mas ficará pronta até o final de 2024:

“O retorno da torre ao horizonte de Paris será, na minha opinião, o símbolo de que estamos vencendo a batalha de Notre Dame. O meu trabalho é deixar a catedral pronta em 2024. E faremos isso. Estamos lutando todos os dias por isso e vamos por um bom caminho”.

Antes disso, os visitantes poderão desfrutar de uma nova exposição perto da catedral, com destaque para a sua história e para os esforços de restauração após o incêndio de 2019. A mostra, que tem entrada gratuita, inclui uma réplica digital de Notre Dame à disposição dos visitantes.

Segundo o Catholic World Report, as equipes envolvidas na restauração de Notre Dame são formadas por cerca de 1.000 pessoas. Estima-se que o custo chegue a 700 milhões de euros, a serem cobertos, portanto, pelos 800 milhões que foram angariados graças aos cerca de 300 milhões de doadores do mundo todo. Mesmo assim, haverá trabalhos posteriores a serem acrescentados: os reparos nas fachadas Norte e Sul, por exemplo, não estão incluídos na rodada atual de restaurações. Os custos completos devem chegar a 1,5 bilhão de euros.

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