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O altar da Senhora do Milagre e o jovem que ria da Medalha Milagrosa

Altar da Senhora do Milagre
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Pe. Gabriel Vila Verde - publicado em 10/03/23
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"Um jovem ateu entrou nessa capela sem nenhuma intenção de rezar", conta o pe. Gabriel Vila Verde. Mas ele sairia de lá completamente diferente

Esse altar da foto é muito mais que um altar bonito. Aliás, tem altares muito mais bonitos espalhadas pelo mundo. No entanto, este tem uma graça especial! Ele fica em Roma, na igreja de Santo André dos Frades, e é conhecido como o altar da Senhora do Milagre. Vamos entender o porquê!

Em 1842, doze anos após a revelação da Medalha Milagrosa em Paris, um jovem ateu chamado Afonso Ratisbonne entrou nessa capela sem nenhuma intenção de rezar. Na verdade, ele era um crítico ferrenho da Igreja Católica. Debochava dos cristãos e os considerava seus inimigos, pois ele era de origem judaica. Quando alguém lhe mostrava o Coliseu, dizendo que ali morreram muitos cristãos, ele respondia: “muito maior é o número de judeus que a Igreja perseguiu”. Mostrava-se irredutível nas suas argumentações, sem deixar brechas para qualquer conversão.

Piadas contra a Medalha Milagrosa

Ao fazer amizade com um conde italiano, recebeu das mãos dele uma Medalha Milagrosa, o que foi para Ratisbonne motivo de piada. Colocou-a no pescoço depois de muita insistência, mas deixou claro que, para ele, aquele símbolo não tinha valor algum.

Foi então que no dia 20 de janeiro de 1842, Ratisbonne foi convidado pelo conde para ir a um velório na Igreja de Santo André, e Ratisbonne ali entrou sem devoção alguma, apenas para cumprir uma obrigação social.

O milagre e a conversão

Foi quando ele viu a simples capela desaparecer, e diante dele, ao lado direito, estava uma jovem belíssima, vestida de luz e com os braços abertos, na mesma posição da Virgem da Medalha. Ratisbonne, tomado por uma profunda emoção, ajoelhou-se diante daquela aparição e a contemplou por alguns minutos. A senhora desapareceu sem nada dizer, mas o jovem ateu compreendeu tudo! Em lágrimas, pediu ao seu amigo conde que o levasse com urgência a um sacerdote católico.

Diante do sacerdote, contou o que tinha visto e pediu o batismo. Este fato percorreu a Itália como um rastro de pólvora, chamando a atenção de todos! Ratisbonne, depois de uma vida na graça de Deus, decidiu ser sacerdote e dedicou sua vida no apostolado de conversão dos judeus para a fé cristã. Morreu com fama de santidade e deixou escrito num livro a seguinte frase: “20 de janeiro é a data mais feliz da minha vida!”

Pe. Gabriel Vila Verde, via Facebook