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Em que se resume a Lei e os profetas?

Maryja słucha słów Jezusa w ich domu w Nazarecie - mozaika z Nazaretu

DyziO | Shutterstock

Julia A. Borges - publicado em 19/03/23

Na Grécia antiga, dizia-se: “matas, morre”. Entenda:

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“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento.” (Mt 5, 17-19).

A análise da passagem acima remete à época do Antigo Testamento, na qual a Lei era o conjunto de normas e prescrições aos quais os judeus deveriam fazer pleno cumprimento, ou, de forma mais pragmática, o que não se devia fazer. Já a menção aos profetas seriam os exemplos a serem seguidos a fim de impulsionar o povo a agir em conformidade com o bem moral revelado na Lei. E sob ela havia partes diferentes dentre as quais a lei natural, inscrita no coração homem pelo próprio Criador e manifesta através dos Dez Mandamentos, e também uma série de práticas e cumprimentos que deveriam ser seguidos nas esferas jurídicas e também cerimoniais à época dos antigos hebreus.

Lei de Talião

A par disso, é de grande valia reportar-nos a períodos remotos nos quais a lei pujante era praticada através do Código de Hamurabi que ficou conhecida como a lei de Talião, que previa a punição do criminoso de forma semelhante ao crime cometido. Na Grécia antiga, dizia-se: “matas, morre”.

Acerca do pensamento contemporâneo, seria mais ou menos o que é conhecido como a terceira lei de Newton, ou seja, toda ação corresponde a uma reação de igual intensidade, mas que atua no sentido oposto. Isaac Newton percebeu que a toda ação correspondia uma reação. A descoberta científica vai além da física pura e aplicada, e basta olhar para o lado (e talvez para dentro de si também) que se percebe a insistência em se fazer cumprir a lei do retorno.

Talvez o leitor esteja a pensar que essa referida lei é excelente, afinal, dessa forma, ocorre a justiça, a qual tanto a sociedade persegue, ou diz almejar. Entretanto, não se trata de abolir as leis ou pregar um mundo anarquista onde cada uma possa agir segundo a sua própria vontade ou segundo seus próprios parâmetros. Até porque se esse caminho fosse seguido, entrar-se-ia em um verdadeiro caos.

Nova Aliança

É fato que a justiça deve ser entendida e almejada, assim deve-se viver e conviver em sociedade. Mas a graça que recebemos todos os dias não é pela justiça, afinal qual é o nosso mérito ao ser digno de tamanha benevolência? Somos agraciados única e exclusivamente por causa do amor de Deus. E se somos chamados a ser a Sua imagem, assim também devemos agir para com os nossos irmãos. 

Com o advento da Nova e Eterna Aliança de Cristo Jesus, as normas acerca dos rituais e também da esfera jurídica foram ultrapassadas e aperfeiçoadas pelo Salvador que as sintetizou na Lei do amor (cf. Jo 13, 35; 15, 12), mas que dessa vez não fora mais escrita em tábuas de pedras, mas gravadas no coração dos homens.

É a lei da misericórdia a qual Jesus nos convida a seguir – “Sejam misericordiosos, assim como o Pai de vocês é misericordioso. “Não julguem e vocês não serão julgados. Não condenem e não serão condenados. Perdoem e serão perdoados.” (Lucas 6: 36-37).

É também a Lei do perdão que Cristo nos convida seguir: “Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? Jesus respondeu: “Eu digo a você: Não até sete, mas até setenta vezes sete.”(Mateus 18:21-22).

É tempo de quaresma, é tempo de virar pó, de morrer para a carne, para as coisas mundanas e para a justiça da ação e reação. É tempo de olhar para as coisas do alto, de se deixar queimar pelo fogo do Espírito Santo, de mergulhar em águas profundas e perceber que ao cumprir a Lei do Amor, não se corre o risco de entrar na prisão do egoísmo, da ira; na prisão do pecado.

Tags:
BíbliaJustiçaPerdão
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