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Um seminarista relutante e a incrível história de sua vocação

William Waters seminarian story

Gabiafterhours | Fair Use Via YouTube

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J-P Mauro - publicado em 20/03/23

Estudante de uma conceituada escola militar e apaixonado pela namorada, ele enfrentou muitos obstáculos até discernir sua vocação sacerdotal

Há décadas, certas regiões geográficas da Igreja Católica lutam para conter o número cada vez menor da vocação sacerdotal – um problema que levou à escassez de padres nos últimos anos. As vocações ao sacerdócio nos EUA, por exemplo, caíram em 2019. Em 2021, o número de padres teve redução de 0,57%, enquanto o número de fiéis cresceu 1,3%. Com um rebanho crescente e uma escassez de pastores, os católicos estão buscando novos meios para estimular as vocações dos jovens. 

Uma forma de fazer isso é levar aos jovens testemunhos de homens que já trilharam o caminho do sacerdócio. As histórias vocacionais são tremendamente benéficas aos que têm curiosidade sobre o sacerdócio ou que sentiram o chamado, mas não têm ideia de por onde começar seu discernimento. Os testemunhos podem abrir nossos olhos para um modo de vida diferente que pode ter ficado fora de consideração até agora. 

Uma história conturbada de vocação

É o caso do seminarista William Waters, que compartilhou a história de seu discernimento vocacional em um vídeo para a True Faith TV, site que divulga vídeos com temática católica para educação, evangelização e entretenimento. Waters explicou que nasceu e foi criado em família católica, mas foi só quando começou a estudar em West Point e teve que decidir por si mesmo ir à missa que ele realmente começou a explorar e valorizar sua fé. 

Como disse o aluno da principal academia militar dos EUA: 

“Eu acho que Maria teve algo a ver com isso… parte disso também foi que eles comiam biscoitos e era a única hora por semana em que eu simplesmente não estava sendo alvo de gritos.”

William explicou que o capelão de West Point era um ex-aluno da escola que se tornou padre apenas para voltar e servir tanto ao exército quanto à Igreja. William admirava o caminho que seu capelão havia trilhado, mas ainda estava indeciso se queria ou não ser padre.

Enquanto continuava seu treinamento, William marcou um encontro com uma garota chamada Allison, que compartilhava sua devoção à fé católica. Os dois namoraram por um tempo, iam à missa juntos regularmente e William expressou que estava apaixonado por ela. O jovem disse que aquele foi “o melhor, mais sagrado e mais saudável relacionamento” que ele já teve. Ele também se lembra de ter orado a Jesus e Maria para agradecê-los por trazer Allison para sua vida. 

Deus tinha outros planos

Mal sabia ele que Cristo e Nossa Senhora tinham outros planos. Ao longo do relacionamento, Allison sabia que William estava sendo chamado ao sacerdócio, embora nunca tenha tocado no assunto com ele. Então, houve uma mudança quando eles se sentaram na missa. Durante a homilia, o padre chamou os jovens presentes que estivessem abertos ao discernimento vocacional: 

“Ele também chamou as mulheres e disse ‘Mulheres, se há um cara em sua vida que o Senhor tem em mãos, vocês têm que ajudá-lo a descobrir’. Allison e eu estávamos de mãos dadas durante aquela homilia e, quando ela ouviu isso, pensou: ‘Tenho que largar a mão desse cara’”.

Os dois começaram a conversar sobre o assunto e orar. William, então, começou a falar com seu diretor espiritual. Embora estivesse convencido de que não queria ir para o seminário e que estava apaixonado por Allison, ele foi convidado a se inscrever no seminário e acabou sendo aceito. 

Os militares, no entanto, não o apoiaram – tampouco Allison. William estava há apenas três anos em um programa de cinco anos em West Point. Os militares não estavam dispostos a deixar um recruta promissor partir para o seminário:  

“Lembro-me de ir à missa no dia em que ouvi isso, e disse: ‘Jesus, o que diabos você está fazendo? Você quer isso ou não? Porque eu não quero. Estou apenas sendo fiel, mas na verdade não quero isso, então, se você quer, precisa fazer algo a respeito'”.

Uma ajuda crucial

Foi nessa mesma missa que William se viu sentado ao lado de uma mulher que era amiga de Allison. A mulher sabia um pouco sobre o discernimento vocacional de William e, quando ela lhe perguntou sobre isso, ele explicou que teria que decidir quando se formasse em West Point. Foi quando a mulher revelou que era casada com um general quatro estrelas. Ela, então, deu a ele o cartão do marido e disse a William que o esposo poderia ajudá-lo.

Com o apoio de um superior militar, William conseguiu ir para o seminário, onde se descrevia como “completamente, perfeitamente, incandescentemente feliz”, mas ainda não tinha certeza se queria ser padre.

 No entanto, essa atração em direções opostas acabou sendo acalmada, um feito que ele credita à Maria. A devoção de William à Mãe Santíssima é tão profunda que o jovem seminarista reza o Rosário quatro vezes por dia. 

Não deixe de compartilhar a história vocacional de William com um jovem que pode ter sentido o chamado, mas tem certeza de que não quer ser padre. Isso pode acender uma nova nova vocação.

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