...Estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado!
"O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa" (Lc 15,21-24).
Jesus conta esta parábola para cada um de nós: somos todos aquele filho que o pecado afastou do Pai e que deve encontrar, a cada dia mais diretamente, o caminho da sua casa, o caminho do seu coração. A conversão é exatamente isto: este caminho que consiste em abandonar o nosso pecado e a miséria em que nos lançou para ir em direção ao Pai.
O que nos perturba nesta parábola, e a realidade a supera de longe, é o fato de que nosso Pai sempre esteve esperando por nós. Nós é que o deixamos, mas ele, ele nunca nos deixa. Ele fica "comovido" assim que nos vê voltar. Às vezes, seríamos tentados a duvidar de seu perdão, pensando que nossa culpa é muito grande. Mas o pai sempre continua a nos amar. Ele é infinitamente fiel. Não são nossos pecados que o impedem de nos dar seu amor, mas nosso orgulho. Assim que nos reconhecemos como pecadores, ele imediatamente se dá de novo a nós, com um amor ainda maior, um amor que pode reparar tudo, um amor capaz a qualquer momento de extrair maior bem do mal. Seu perdão não é uma simples anistia, é uma efusão de misericórdia, na qual a ternura é mais forte que o pecado.
Jesus quer que tenhamos a mesma confiança nos outros também. No coração de cada homem há sempre a possibilidade de retornar ao Pai, e devemos esperá-lo sem cessar. Quando vemos irmãos recém-convertidos recebendo graças da intimidade com Deus, muitas vezes verdadeiramente extraordinárias, nos regozijamos sem hesitar e compartilhamos a alegria do Pai.
"Confiei no teu amor e voltei; sim, aqui é meu lugar. Eu gastei teus bens, ó Pai, e te dou este pranto em minhas mãos...".
Pe. Wellington José de Castro, via Facebook