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Como o testemunho de quem já participou da JMJ incentiva novos peregrinos

Três jovens durante a Jornada Mundial da Juventude da Polônia

Dziurek | Shutterstock

Jovens na Jornada Mundial da Juventude da Polônia, em 2016

Ricardo Sanches - publicado em 29/05/23

A experiência e a ajuda dos veteranos na JMJ dá segurança a quem vai pela primeira vez para o evento

O seminarista Rafael Leodoro, de 21 anos, está praticamente de malas prontas para participar da Jornada Mundial da Juventude de Lisboa. Vai ser a primeira vez dele em uma edição da JMJ. Na bagagem, a expectativa de “desbravar novos horizontes” e sentir a presença de Cristo ainda mais forte entre a juventude.

Mas a decisão de participar do encontro mundial, entre outros fatores, foi tomada após algumas conversas com quem já participou de edições anteriores da jornada. “Quem já foi para a jornada é a base, o suporte, a esperança. O testemunho dessas pessoas encoraja. A pessoa que nunca participou não sabe como funciona, tem medo. Essas pessoas, então, nos dão coragem para participar de um evento tão grande como esse”, explica o jovem brasileiro, que mora em São José do Rio Preto, SP.

O seminarista, na verdade, encontrou a base de sua decisão no testemunho de duas pessoas. Um deles é o seu colega de seminário, Edson Júnior, de 26 anos. Edson já participou de duas edições da JMJ: no Rio de Janeiro, em 2013, e no Panamá, em 2019.

Uma ajuda e tanto

Rafael montou um grupo de jovens que tinha interesse em ir para a JMJ em 2023. Ele, então, convidou Edson para conversar com os jovens e contar sobre sua experiência. A partir daí, foi criada uma comissão para prestar orientações aos interessados. Com base na experiência de outras edições do evento, Edson passou a compartilhar com o grupo dicas sobre como organizar a viagem, ou seja, como guardar e arrecadar dinheiro, como planejar férias no trabalho nos dias do evento, como viabilizar passaporte e se preparar para enfrentar os percalços que surgiriam no meio caminho. “Participar da JMJ é uma experiência incrível. Todo jovem católico deveria experimentar. Mas não é algo fácil, é preciso planejamento, principalmente na questão financeira, além de saber enfrentar os desafios de fazer uma viagem internacional”, explica Edson.

Mas a experiência sempre fala mais alto. E Edson e Rafael conseguiram conduzir o grupo no planejamento para a viagem. De 16 jovens que tinham interesse em participar da JMJ, cinco vão conseguir, de fato, viajar para Lisboa. Os dois seminaristas montaram uma comissão para ajudar os jovens a viabilizar a viagem. Eles promoveram rifas, eventos e quermesses para arrecadar dinheiro. Depois definiram os participantes do grupo que teriam reais condições de viajar. E chegou a hora mais esperada: comprar as passagens e fazer as inscrições no evento. Tudo com o dinheiro das campanhas realizadas na comunidade.

Mas por que incentivar o jovens a participar de um evento como esse? “A JMJ renova a fé dos jovens. Lá, a gente comprova a dimensão da Igreja, a dimensão da fé, e vê que, ao contrário do que muitos afirmam, a Igreja não está acabando. Aquela multidão está buscando a Cristo. E isso dá um ânimo, dá força para sairmos da nossa zona de conforto e irmos para um lugar diferente, enfrentando todos os perrengues para ouvir sobre Cristo, ouvir o Papa falar de Deus. Isso dá um novo ar para a Igreja”, afirma Edson.

A ajuda não termina aqui

De fato, o suporte do veterano em JMJ dá mais segurança aos jovens que estão indo pela primeira vez. Em um país estranho, é a experiência dele que poderá fazer o grupo evitar perrengues, como, por exemplo, ao tomar o transporte público, na hora da alimentação e na comunicação com jovens de países, culturas e idiomas diferentes.

E, além do encorajador testemunho de quem já participou de outras jornadas, os novos peregrinos têm outro exemplo de motivação e segurança.”Por várias vezes, nós pensamos em desistir de ir a Portugal, mas a gente sempre teve o impulso do Papa Francisco e suas mensagens, que nos dão forças e paciência para seguir no nosso objetivo”, explica o seminarista Rafael Leodoro.

Expectativas

À medida que o encontro com a juventude mundial se aproxima, fica difícil de conter as expectativas – tanto para quem vai pela primeira vez quanto para quem vai vivenciar tantas graças novamente. “Eu espero um desbravar de novos horizontes, conhecer novas culturas, mergulhar dentro do evento e, claro, ver o Papa Francisco de perto e sentir a presença de cristo ali conosco”, afirma Rafael.

Para Edson Júnior, “cada jornada é diferente uma da outra. E nesta de Portugal, ainda teremos a oportunidade de conhecer Fátima, que é um sonho para muita gente. Então a minha expectativa para a viagem é muito grande”.

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