Aleteia logoAleteia logoAleteia
Sexta-feira 29 Março |
Aleteia logo
Estilo de vida
separateurCreated with Sketch.

Se eu fizer o que Deus quer, deixo de ser livre?

Este artigo é exclusivo para os membros de Aleteia Premium
morte simbolizada por pássaro que voa da gaiola

Pictrider | Shutterstock

Luisa Restrepo - publicado em 01/06/23

Conhecer a vontade de Deus para nossa vida e entender o que significa cumpri-la nos faz valorizar mais o conceito de submissão

Muitas vezes, falamos da necessidade de sermos dóceis à vontade de Deus, de nos deixarmos guiar pelo Espírito Santo… Mas, para muitos, surge a dúvida: fazendo isso, o homem não seria uma marionete nas mãos de Deus?  Onde estaria nossa responsabilidade e nossa liberdade?

O fato é que, quando decidimos seguir a Deus, fazemos um ato livre de aceitação de seu amor. Esse amor nos leva a entender que Ele nos conhece e quer a nossa felicidade.

Portanto, conhecer a vontade dele para nossa vida e entender o que significa cumpri-la nos faz valorizar mais o conceito de “submissão”.

1A submissão a Deus não faz do homem uma marionete

Deixar-se guiar por Deus e pelas inspirações do Espírito Santo não significa navegar no “piloto automático”, sem ter o que fazer.

Esse esforço dá lugar a todo um exercício da minha liberdade, responsabilidade, do meu espírito de iniciativa.

Torna-se uma cooperação com graça, uma cooperação que não suprime, mas usa todas as minhas faculdades humanas de vontade, inteligência, raciocínio, etc.

Depender de um ser humano pode ser uma limitação, se dependermos de Deus não seremos limitados: nele não há limites, Ele é infinito.

A única coisa que Deus “proíbe” é o que nos impede de sermos livres, o que impede a nossa realização como pessoas capazes de amar, de sermos pessoas amadas livremente e de encontrarmos a nossa felicidade no amor.

Sem dúvida, se eu me submeter à vontade de Deus, uma parte de mim vai se opor a ela. Essa é, precisamente, a parte negativa que me condiciona e limita e da qual posso libertar-me progressivamente com a ajuda da graça de Deus.

A experiência confirma: quem caminha com o Senhor e se deixa conduzir por Ele
experimenta um sentimento único de liberdade; seu coração não encolhe, não sufoca, mas, ao contrário, se expande e “respira” mais.

Deus é amor infinito, e Nele não há nada estreito ou reduzido, mas tudo é largo e amplo.

2A solução real para o problema

No plano filosófico, sempre haverá uma contradição entre nossa liberdade e a vontade divina. No final, tudo depende de como nos posicionamos diante de Deus.

A oposição entre nossa vontade e a vontade de Deus é resolvida se nosso relacionamento com Ele for um relacionamento de amor.

Se queremos que as contradições entre a vontade de Deus e a nossa liberdade sejam resolvidas, devemos pedir ao Espírito Santo a graça de amar mais a Deus, e o problema se resolverá.

Se nos afastarmos desta perspectiva de amor, se a nossa relação com Deus for
apenas uma relação do criador com a criatura, do senhor com o servo, então estas duas realidades – a da vontade de Deus e a da minha liberdade – estarão sempre em contradição.

Enfim, só o amor pode reduzir a contradição que existe entre duas liberdades; só o amor permite que duas liberdades se unam livremente.

Este artigo é exclusivo para os membros Aleteia Premium

Já é membro(a)? Por favor,

Grátis! - Sem compromisso
Você pode cancelar a qualquer momento

1.

Acesso ilimitado ao conteúdo Premium de Aleteia

2.

Acesso exclusivo à nossa rede de centenas de mosteiros que irão rezar por suas intenções

3.

Acesso exclusivo ao boletim Direto do Vaticano

4.

Acesso exclusivo à nossa Resenha de Imprensa internacional

5.

Acesso exclusivo à nova área de comentários

6.

Anúncios limitados

Apoie o jornalismo que promove os valores católicos
Apoie o jornalismo que promove os valores católicos
Tags:
AmorDeusliberdade
Top 10
Ver mais
Boletim
Receba Aleteia todo dia