Uma das máximas autoridades intelectuais de toda a longa história do cristianismo, S. Tomás de Aquino era tido em altíssima conta pela sua inteligência e santidade já durante a vida terrena, mas passou a ser ainda mais amplamente reconhecido e admirado após a morte. De fato, não demorou muito para que a Igreja o apontasse como exemplo a ser seguido e o elevasse aos altares: ele foi oficialmente canonizado em 18 de julho de 1323, pelo Papa João XXII, apenas 49 anos após a sua morte.
Segundo o Vatican News, o Papa Francisco escreveu uma carta em latim para comemorar a canonização de Aquino, "descrevendo-o como 'um homem da Igreja', sacerdote e médico que compartilhou sua 'grande sabedoria espiritual e humana' por meio de orações e escritos". Francisco recordou a sua influência e a grande relevância da sua obra, observando que ele escreveu inúmeros livros e ensinou muitas disciplinas, em especial nas áreas filosófica e teológica. "Manifestava reta inteligência e lucidez, e, enquanto investigava reverentemente os divinos mistérios com a razão, contemplava-os também com o fervor da fé", registrou o pontífice atual.
O Papa Bento XVI também resumiu os ensinamentos de S. Tomás de Aquino em uma audiência geral de 2010, relembrando uma popular história da vida do santo:
"A vida e os ensinamentos de São Tomás de Aquino podem ser resumidos num episódio transmitido pelos seus antigos biógrafos. Enquanto o santo rezava perante o Crucifixo no início da manhã na capela de São Nicolau em Nápoles, como era seu costume, o sacristão da igreja, Domenico da Caserta, ouviu uma conversa. Tomás perguntava ansiosamente se o que ele havia escrito sobre os mistérios da fé cristã era correto. E o Crucificado respondeu-lhe: 'Tu falaste bem de mim, Tomás. Qual será a tua recompensa?” E a resposta que Tomás lhe deu foi aquela que também nós, amigos e discípulos de Jesus, queremos sempre lhe dar: 'Nada além de ti, Senhor!'".
S. Tomás de Aquino continua a influenciar milhões de leigos e clérigos em todo o mundo até os nossos dias.