Rezar uma Missa por um falecido é a mais comum das intenções. Existem, porém, muitas razões para oferecer o sacrifício de Cristo, sem que a intenção seja inteiramente pública
A Missa é para todos. Certamente, a Eucaristia “fonte e ápice da vida cristã”, como diz o Vaticano II, é para todos os fiéis uma oração à qual devem se unir para receber as maiores graças. Para si e para os outros. Se o sacrifício de Cristo é oferecido por toda a criação, passada, presente e futura, a Igreja encoraja intenções específicas. Para os fiéis, essas intenções são também uma forma de pedagogia, uma maneira de aprender a unir-se, na mente e no corpo, com o dom de Cristo no altar. Ter um rosto ou uma intenção em mente é uma forma de oração.
Na maioria das vezes, a Eucaristia é oferecida para um ou mais defuntos. Uma tradição explicada no Catecismo da Igreja Católica:
“Desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos, oferecendo sufrágios em seu favor, particularmente o Sacrifício eucarístico para que, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também a esmola, as indulgências e as obras de penitência a favor dos defuntos”
CIC, 1032
Mas os fiéis podem querer que a Missa seja rezada por muitas outras coisas: desde um pedido de cura física ou espiritual, até a graça de ter um filho, passando pela ação de graças por um batismo ou casamento. Também pode ser um pedido mais pessoal: reconciliação familiar, força em tal provação, discernimento em uma escolha importante.
Intenções não reveladas
No início da celebração ou durante a Oração Eucarística, o celebrante geralmente menciona as intenções da Missa. Assim, elas se tornam públicas e toda a congregação pode rezar por elas.
Mas pode acontecer de o fiel não querer que todos saibam de sua intenção. Por exemplo, se a intenção diz respeito à intimidade e não é bom que seja divulgada ou se a pessoa é conhecida dos fiéis, e deseja permanecer anônima.
Nesses casos, o padre pode deixar a intenção em sigilo. Exemplo: Frédéric quer oferecer uma Missa porque em breve encontrará o abade do mosteiro para onde quer ir. A congregação precisa saber disso? Nesse caso, o padre pode dizer: “Rezemos por um fiel que tem um passo importante a dar”.
Outro caso: João quer agradecer pelos 26 anos de seu batismo sem que todo o público saiba. O sacerdote dirá que a Missa é celebrada por um fiel “que está celebrando seu aniversário de batismo”.
Então não há razão para se esquivar de oferecer uma Missa por uma intenção específica, apenas dê instruções claras!
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