Na diocese de Ningbo, leste da China, eles se tornaram os “anjos da guarda” das igrejas. Seus rostos já são familiares para quem deseja entrar nos edifícios católicos: os porteiros estão presentes em todas as igrejas e capelas chinesas, informa a agência Fides.
Esses voluntários mantêm as paróquias abertas para permitir a concentração do maior número de pessoas possível, a qualquer hora do dia.
Em março de 2023, mês dedicado a São José, a congregação de Ningbo organizou treinamento para 21 porteiros, incluindo 17 homens e quatro mulheres. Durante uma semana, todos receberam formação sobre o seguinte tema: “Fidelidade de São José, guardião da Sagrada Família”. Tal como São José, que cuidou da Virgem Maria e de Jesus ao longo da sua vida, eles desempenham a sua tarefa com silêncio e discrição.
São José, figura paterna de dedicação
De todas as figuras bíblicas, São José é certamente aquela que mais encarna a devoção e a humildade. Recebendo Maria em sua casa quando ela estava grávida, ele dedicou toda a sua vida ao serviço da família, num abandono e confiança sem limites em Deus, apesar das incertezas e das dificuldades que suportou.
Um duplo exemplo para estes voluntários chineses, que também atravessam um período difícil no seu caminho de fé. A China é, de fato, um dos países onde os católicos mais lutam para viver a sua fé, devido ao controle sistemático e drástico das instituições religiosas.
Muitos ataques a locais de culto também são observados regularmente. A China é o país do mundo que mais ataca igrejas. Apesar de uma tendência decrescente em 2022, quase uma em cada duas igrejas visadas está na China, de acordo com a ONG Portas Abertas.
O objetivo dos ataques é forçar os cristãos, e especialmente os católicos, a aderirem às igrejas patrióticas, sob o controle do Partido Comunista Chinês, que não reconhece a Igreja de Roma.
Em parceria com Ceuvres Pontificales Minssionnaires