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Attenzione pickpocket! O que agradeço a Deus e a… um batedor de carteiras

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Scarlett Rose Ford - publicado em 14/09/23

O domingo é para ser um dia que dá vida, não um dia que suga a alma

Você já quis jogar o seu telefone contra a parede ou atirá-lo de um penhasco? Eu quero com frequência – e é por isso que comecei a adotar os “domingos sem tela”.

Estava eu esperando na fila do lado de fora da Basílica de São Pedro, no calor do verão romano, cercado por centenas ou possivelmente milhares de turistas com a cabeça enfiada no celular. De repenti senti que algo estava se perdendo. Olhei ao redor e vi o que eles estavam perdendo: a bela arquitetura, a história, o pensamento de quantos peregrinos já estiveram em nosso lugare ao longo do último milênio… Eu estava sem telefone, mas não era por opção. Mesmo assim, este fato acabou sendo uma bênção.

Na noite anterior, enfrentei um dos maiores terrores de todo estudante no exterior: roubaram meu telefone. Todas as fotos, todos os vídeos, tantas memórias dos últimos cinco meses tinham sido arrancadas de mim na velocidade da ação de um batedor de carteiras. Sem ter mil euros de sobra para comprar um telefone novo, tive de recorrer, durante um tempo, ao estilo de vida à moda antiga. Passeei pelas ruas de Roma com um mapa. Entrei em contato com as pessoas pelo e-mail. Não senti a pressão de responder imediatamente às centenas de notificações diárias. Não sofri o bombardeio das últimas notícias em tempo real. Por mais chateada que eu estivesse com o roubo do telefone, acabei sentido que um peso enorme desaparecia dos meus ombros.

É claro que muitos de nós não podem se dar ao luxo de abandonar completamente o telefone celular, mas há maneiras de reduzir o “peso nas costas” que ele nos acarreta no cotidiano. Pelo menos durante um dia ou quem sabe até uma semana. Uma dessas maneiras é o “domingo sem tela”.

Quando voltei a ficar conectada depois de comprar o novo telefone, aquela sensação arrepiante de “ansiedade das notificações” veio junto. Ok, eu preciso do telefone, mas também preciso de pausas.

Comecei a encontrar o equilíbrio limitando ao máximo o meu tempo de tela nos domingos. Então enfrentei um problema inesperado: o que faço com meu tempo livre? Sim, é uma contradição. De repente, eu tinha uma liberdade recém-descoberta que me permitia explorar muitas possibilidades que o celular me impedia de aproveitar. Eu, pessoalmente, descobri hobbies produtivos como crochê, cerâmica e costura. Mesmo sendo ainda ruim em tudo isso, eu me divirto.

Agora, os meus domingos são focados num estilo de vida mais lento. Consigo testar uma nova receita depois da missa, ou escrever uma longa carta para uma pessoa querida. Consigo até terminar aquele livro que estou lendo há nem sei mais quanto tempo, ou começar um novo. Tudo o que estou fazendo, faço com mais intencionalidade e com Deus em mente. O domingo é um dia de descanso – um dia para passar mais tempo com Deus, com a família ou comigo mesma, cuidando do jardim, cozinhando, elaborando, criando. É para ser um dia que dá vida, não um dia que suga a alma. Os “domingos sem tela” estão permitindo que isto aconteça – e eu tenho que agradecer a Deus e, no fim das contas, a um batedor de carteiras por isso.

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