O número de pessoas que cultivam plantas em casa parece ter crescido - e muito - nos últimos anos, acompanhado por uma proliferação de modismos ditos "ecológicos". Entretanto, faz séculos que os católicos veem como dons de Deus as plantas que se podem manter em casa, sejam elas frutíferas, no quintal, sejam ornamentais, em jardins ou em vasos, fora ou dentro da casa.
Veja três razões para isso:
1Um lembrete do céu
É fácil, na correria cotidiana, esquecer as maravilhas da criação divina, especialmente nos ambientes urbanos. Com a grande variedade de plantas para se cultivar em casa, porém, podemos literalmente cultivar um pedaço da criação e apreciar nas suas características, diariamente, um verdadeiro presente de Deus. De fato, ao considerarmos a enorme variedade de plantas que podem ser mantidas nas casas das pessoas, é impossível não se impressionar com a a maravilha da obra do Criador. Numa família católica, a valorização dessas maravilhas é um incentivo aos filhos para aprenderem desde cedo a encantar-se com o esplendor da criação, tanto na sua grandeza quanto nos seus detalhes.
2A recompensa do crescimento
Nem todas as plantas crescem da mesma forma. Algumas demandam pouco cuidado, enquanto outras parecem testar a paciência de um santo. E é justamente com as plantas mais difíceis que há maior satisfação quando brotam novas folhas - ou simplesmente permanecem vivas… Mesmo as plantas mais fáceis de cultivar, porém, trazem aquela satisfação de vê-las viçosas e dando mais vida aos ambientes da casa. A propósito: uma vantagem adicional de cuidar das plantas é poder envolver os filhos, que, desde pequenos, podem ter o seu regadorzinho e aprender que a natureza também precisa do nosso cuidado.
3A ACEITAÇÃO DA MORTE
As plantas morrem. E quando houve empenho em cultivá-la, satisfação em vê-la crescer e gosto pela sua presença em casa, a morte de uma planta também pode causar, ao menos em certo grau, aquela sensação da perda de um ser vivo - e, portanto, o lembrete de que a vida na Terra é transitória. Faz parte do amadurecimento de toda pessoa lidar com a morte em muitos níveis, e, para o católico, é sempre ocasião de recordar que as coisas deste mundo passam - enquanto Deus é eterno e o nosso espírito, por Ele criado, é imortal.