Os Missionários e Missionárias da Consolata estão em festa, assim como a Diocese de Roraima, no Brasil. No dia 13 de setembro de 2023, todos souberam que um milagre atribuído à intercessão do Beato José Allamano (fundador da Consolata), foi reconhecido pelo Vaticano. Como resultado, ele deverá ser canonizado em breve.
O milagre em questão ocorreu na diocese de Roraima e envolveu a cura do indígena Sorino Yanomami.
"Gratidão ao Beato José Allamano pela intercessão, pelo carinho com que nos acompanha e, sobretudo, gratidão a todos vocês. Sabendo que este é o dia que o Senhor fez para nós, doado à nossa igreja de Roraima e à igreja católica como um todo, mais um santo, mais um irmão que foi reconhecido", afirmou o padre Lúcio Nicoletto, Vigário Geral da diocese de Roraima, ao saber que o milagre havia sido reconhecido.
O milagre
O site da diocese de Roraima, lembra que, em 1996, Sorino, de 40 anos, foi atacado por uma onça e teve graves ferimentos no cérebro. Ele foi socorrido por enfermeiras que faziam parte da congregação da Consolata.
Uma das enfermeiras notou que Sorino estava com uma parte do cérebro para fora da cabeça. Após os primeiros socorros, ela pediu um avião para levá-lo ao hospital.
Os médicos disseram que as chances de sobrevivência do Yanomani eram muito baixas. Foi aí que os missionários e as missionárias que acompanhavam o caso pediram a intercessão do Bem-aventurado José Allamano, acreditando que apenas um milagre poderia salvar a vida daquele homem.
E o milagre aconteceu! Sorino Yanomami recuperou-se completamente das graves lesões e, pouco tempo depois, conseguiu levar uma vida normal em sua comunidade em Catrimani, na Terra Indígena Yanomami.
Tal milagre, finalmente reconhecido pela Igreja, é apenas um dos muitos casos extraordinários atribuídos à intercessão do Bem-aventurado José Allamano.
Quem foi José Allamano
José Allamano nasceu em Castelnuovo d'Asti, Itália, em 21 de janeiro de 1851. Durante a juventude, frequentou o Oratório de São João Bosco. No final dos estudos, sentiu-se chamado ao sacerdócio diocesano e, com apenas 29 anos, tornou-se reitor da Basílica da Consolata, em Turim. Em 1926 fundou duas Congregações dos Missionários da Consolata, uma para homens e outra para mulheres, sacerdotes e leigos que trabalhavam principalmente na África.
Ao longo de sua vida, permaneceu próximo de seu amigo Dom Bosco. Faleceu em Turim, em 16 de fevereiro de 1926. Seu corpo está preservado na Casa Mãe dos Missionários da Consolata, em Turim. Após o reconhecimento de um milagre devido à sua intercessão, foi beatificado por João Paulo II em 1990. O reconhecimento deste segundo milagre o levará à canonização.