Durante a sua Audiência Geral desta quarta-feira, 11 de outubro, no Vaticano, o Papa Francisco fez um apelo à libertação dos reféns mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza desde o último sábado (7).
O Santo Padre afirmou que acompanha "com lágrimas e apreensão" o conflito que acontece em Israel e na Palestina. "Muitas pessoas mortas, outras feridas. Rezo por aquelas famílias que viram um dia de festa transformar-se num dia de luto, e peço que os reféns sejam libertados imediatamente", afirmou Francisco.
O Pontífice também se mostrou preocupado com o cerco aos palestinos em Gaza. "Quem é atacado tem o direito de se defender, mas estou muito preocupado com o cerco total em que vivem os palestinos em Gaza, onde também houve numerosas vítimas inocentes".
Como fez no último domingo, durante o Angelus, Francisco voltou a condenar o terrorismo. "O terrorismo e os extremismos não ajudam a alcançar uma solução para o conflito entre israelitas e palestinos, mas alimentam o ódio, a violência, a vingança, e só fazem sofrer uns e outros", esclareceu o líder da Igreja Católica
No final da catequese, o Papa ainda se referiu à maior necessidade do Oriente Médio: "O Médio Oriente não precisa de guerra, mas de paz, de uma paz construída sobre a justiça, o diálogo e a coragem da fraternidade".
Sacerdote em Gaza
A ofensiva de escala sem precedentes do Hamas contra Israel causou a morte de pelo menos 1.200 pessoas do lado israelense. Há pelo menos 950 mortes do lado palestino. Em retaliação ao ataque surpresa, Israel lançou bombardeios na Faixa de Gaza, onde vivem 2,3 milhões de palestinos.
Desde o início do conflito, o Papa Francisco telefonou duas vezes ao pároco de Gaza, padre Gabriel Romanelli. “Ele mostrou a sua proximidade e as suas orações e agradecemos-lhe pelo apelo ao cessar-fogo e contra todas as formas de violência, terrorismo e contra todas as guerras”, disse o sacerdote ao Vatican News.
O sacerdote confidenciou que ainda não foi reportada nenhuma morte na comunidade cristã de Gaza. A sua paróquia acolhe atualmente 150 pessoas que perderam suas casas ou procuram abrigo contra os bombardeios. No segundo telefonema, o Papa procurou novamente saber “como estavam as pessoas e a paróquia e deu a sua bênção para que todos pudessem experimentar a proximidade da Igreja”, disse o pároco.