Em sua rede social, o pe. José Eduardo Oliveira compartilhou uma reflexão sobre o que vê como um gradual crescimento da soberba e da vaidade nas sociedades após o fim da Idade Média. Ele escreveu:
“O homem medieval não se levava tão a sério. Achava-se desimportante e tomava suas ações como misérias inerentes à sua condição precária, arrependia-se, confessava-se e seguia adiante.
Então, veio a Revolução industrial, que alçou ao status de importantes burgueses desprovidos de nobreza e de títulos, cujas ações, agora, passaram a ser consideradas por eles mesmos como dignas de lisonja e repercussão. Criou-se, assim, o moralismo burguês, feito de bom-mocismo e dignidade fingida, debaixo do qual se esconde toda sorte de malícias e mesquinharias.
Emulando seus chefes, os populares passaram também a se considerarem portadores de magnitudes morais: achando-se eles mesmos dignos de notabilidade, passaram a se portar como grandes personagens, que precisam celebrizar suas ações mais ordinárias, como comer um prato de macarrão ou trocar um bujão de gás”.
O padre comenta em seguida os efeitos dessa decadência:
Por fim, o sacerdote brasileiro aconselhou:
“Desses surtos de moralidade narcisista, pode-nos livrar apenas a humildade verdadeira e a caridade ardente, que não se mascaram de bondade apenas como meio de lucrar para a própria vanglória do sujeito”.
