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Uma poesia brasileira para Nossa Senhora da Medalha Milagrosa

Nossa Senhora da Medalha Milagrosa

Nossa Senhora da Medalha Milagrosa

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Reportagem local - publicado em 27/11/23
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Uma homenagem tocante da poetisa Maroquina Jacobina Rabello

O pe. Gabriel Vila Verde compartilhou por meio da sua rede social uma poesia dedicada a Nossa Senhora da Medalha Milagrosa e à sua tocante história de graças abundantes. A poesia foi composta pela poetisa e educadora brasileira Maroquinha Jacobina Rabello.

Foi numa simples capela, humilde habitação,
Que um dia a Virgem Mãe fez uma aparição
e deu, como penhor do seu amor profundo
riquíssimo presente, oferecendo ao mundo.
Essa Medalha que é - Medalha Milagrosa
Que de bênção é cheia e que de graças goza.

Pois do Céu recebeu esse dom sem igual
de prodígios fazer, curas e conversões.
Dádiva de carinho e de amor maternal
reavivando a fé extinta em muitos corações.

Há séculos nasceu na França, uma menina
Que seria de Deus, de nome Catarina.
Bem cedo o Céu roubou-lhe a Mãe, e desde então
Tornou-se a Mãe do Céu, sua Mãe de adoção.

E tão viva era a fé, tão perfeita a piedade
que logo pensou ser irmã de caridade.
E teve uma visão, sendo ainda noviça
pois dia a dia, o amor ardente, a chama atiça.

E quase meia-noite, a doce Irmã desperta
e ao ouvir uma voz que a chama, atende alerta.
Ela abre a cortina, olha e presta sentido…
Vê um menino loiro e de branco vestido.

O seu anjo talvez, pois a ele dizia
que desejava ver a Virgem algum dia.
“Vinde à capela” - diz o anjo em voz sincera
Vinde depressa, a Virgem vos espera.

A irmã veste-se e sai. O seu anjo a conduz;
tudo em torno é clarão, pois vai espargindo luz.
Ela vê a capela abrir-se e o peito canta!
O seu anjo a previne: aí vem a Virgem Santa.

Catarina é agora tomada de surpresa
Ao ouvir o farfalhar de vestido de seda.
Uma senhora vem, de grande formosura
derramando bondade, irradiando doçura.

Muito jovem, com um sorriso, o mais extraordinário.
Senta-se fulgurante ao pé do santuário.
Catarina, seguindo o impulso de sua alma.
precipita-se logo aos pés da Virgem calma.

Sobre os joelhos põe as mãos familiarmente
Assim como fazia com sua mãe antigamente.
E sente a comoção a acelerar-lhe o pulso
E a trepidar no peito o coração convulso.

Quanto tempo se passou a ouvir a Virgem Santa?
Não soubera dizer que a emoção era tanta!

Depois de haver falado à Virgem longamente,
e nem a viu sequer, quando tão de repente
o olhar fixou no Céu, como alguém que divaga,
E desapareceu como a luz que se apaga…

Levantando-se, a Irmã Labouré vê o menino
E tão logo compreende o desígnio divino.
Outra vez, em novembro, a fazer meditação,
a Rainha do céu fez-lhe outra aparição.

Das mãos desciam raios, tal era a claridade
que emanava da sua excelsa majestade,
Que Catarina assim, atenta a contemplá-la
em êxtase ficou a ouvir a sua fala.

Em mística vivência, em tal veneração,
Catarina recebe essa doce missão
De cunhar a Medalha, entre todas formosa,
a Medalha da fé — MEDALHA MILAGROSA.

Desde então se espalhou por esse mundo inteiro
o sobrenatural que vinha do luzeiro
da Medalha, onde a Mãe, nossa Mãe, aparece
tendo raios nas mãos, como quem oferece:
Graças mil a jorrar desse seu coração,
que é um prodígio de amor e de consolação.

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