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Papa Francisco sofre crise respiratória e broncoespasmo

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Cibele Battistini - publicado em 01/03/25
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A Sala de Imprensa da Santa Sé informou na manhã deste sábado, 1° de março, sobre o estado de saúde do Pontífice, internado no Hospital Gemelli de Roma, afirmando que o Papa teve uma noite tranquila e mantém repouso

O Papa Francisco enfrentou no início da tarde de 28 de fevereiro de 2025 uma “crise isolada de broncoespasmo”, o que resultou em “um episódio de vômitos com inalação e uma súbita piora do quadro respiratório”, conforme informou a Imprensa da Santa Sé. O pontífice já está hospitalizado há duas semanas na Policlínica Gemelli devido a uma infecção pulmonar, e as implicações dessa nova crise em sua condição clínica serão avaliadas nos próximos dias.

Em resposta à crise, os médicos realizaram rapidamente uma broncoaspiração e instauraram uma ventilação mecânica não invasiva, ou seja, o Papa não está entubado, mas está com a máscara de oxigênio. O Papa de 88 anos reagiu positivamente. Segundo fontes vaticanas, este aparelho cobre nariz e boca, ao contrário da ventilação anterior, que era realizada apenas pelo nariz, permitindo ao pontífice recuperar “seu estado respiratório anterior à crise”. O Papa não perdeu a consciência durante o procedimento médico.

Após essa crise, que foi mais breve do que a ocorrida no último sábado, os médicos afirmaram que o prognóstico permanece “reservado”, mas não foi classificado como “crítico”, como em ocasiões anteriores. “Pacientes que enfrentaram esse tipo de crise tiveram consequências bem piores, mas o Papa conseguiu superá-la”, revelou uma fonte do Vaticano.

No entanto, os profissionais de saúde acreditam que serão necessário um intervalo de dois a três dias para avaliar as consequências dessa nova crise e sobre a condição clínica geral do Papa.

O que é um broncoespasmo?

O broncoespasmo, que afetou o Papa, refere-se a uma dificuldade respiratória que pode ocorrer em pessoas asmáticas, incluindo crianças. É causado pela obstrução dos brônquios, com inchaço da parte inferior, resultando em aumento da produção de muco e contração muscular em forma de espasmos, o que reduz a entrada de ar nos pulmões.

Os médicos do Papa foram obrigados a realizar uma broncoaspiração, uma técnica que permite a aspiração de secreções espessas na traqueia e brônquios de pacientes incapazes de tossir, utilizando um broncoscópio.

Nova crise após fase de melhora

Anteriormente a essa nova criste o Papa estava alternando momentos de fisioterapia respiratória e oração em sua capela privada, tendo até recebido a comunhão na manhã de 28 de fevereiro.

Na véspera, o boletim de saúde havia indicado que a condição clínica do Papa continuava a melhorar, informando que ele havia saído “da fase mais crítica”. Contudo, os médicos alertaram que o quadro clínico do pontífice continua complexo e que ele deve permanecer no hospital por mais alguns dias.

A participação do Papa Francisco na procissão da Quarta-feira de Cinzas, que marca o início da Quaresma em 5 de março, já foi cancelada. O cardeal Angelo De Donatis, penitenciário maior, irá substituí-lo.

Essa nova crise ocorre apenas seis dias após uma outra, em 22 de fevereiro, quando o Papa teve uma “crise respiratória asmática prolongada” que necessitou do uso de oxigênio em alta vazão. Devido à deficiência de plaquetas e anemia, ele também recebeu transfusões sanguíneas.

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