“O Papa dormiu toda a noite e agora está descansando”, indicou o Vaticano na manhã de 4 de março de 2025, no décimo-nono dia da internação do Papa Francisco na Policlínica Gemelli, em Roma, por uma grave infecção respiratória.
No boletim do dia 3 de março, no início da noite em Roma, a Santa Sé informou que o Santo Padre apresentou dois episódios de insuficiência respiratória aguda. No décimo oitavo dia de sua internação, o Papa de 88 anos ainda sofre com uma grave infecção respiratória que afeta os dois pulmões. O prognóstico dos médicos continua "reservado".
Três dias após sua última crise respiratória, o Papa Francisco experienciou dois episódios de insuficiência respiratória aguda "causados por uma acumulação significativa de muco endobrônquico e um broncospasmo consequente", informou a Santa Sé. A acumulação de muco seria uma consequência da pneumonia, com o corpo do Papa reagindo dessa forma para eliminar as bactérias presentes nos brônquios, segundo uma fonte vaticana.
Para tratar essas crises e aspirar as "abundantes secreções", foram realizadas duas "broncoscopias" pelos médicos. Segundo fontes vaticanas, os exames de sangue feitos ao longo do dia não mostraram nova infecção.
Na parte da tarde, ele recebeu ventilação mecânica não invasiva, conforme o comunicado, enquanto anteriormente estava apenas sob oxigenoterapia de alta vazão após a crise de sexta-feira. A Santa Sé assegura que o Papa colaborou e "sempre permaneceu lucido".
Ontem, fontes vaticanas haviam indicado que, dado o quadro clínico do Papa ainda ser complexo, novas crises respiratórias poderiam ocorrer. "O Papa não está fora de perigo", afirmaram essas mesmas fontes hoje, descrevendo novamente o quadro clínico como complexo.
Desde sua hospitalização em 14 de fevereiro, o Papa nunca fez aparições públicas e nenhuma foto dele foi divulgada. Fontes vaticanas afirmam que, no momento, um possível retorno à residência de Santa Marta não está previsto e que nada foi preparado nesse sentido.
Nesta semana, sua participação na procissão da Quarta-feira de Cinzas, primeiro dia da Quaresma, foi cancelada. O pontífice será substituído pelo cardeal Angelo De Donatis, penitenciário maior.