Por meio desse instrumento, o Papa estabeleceu novas normas processuais para combater os abusos e designou as responsabilidades dos bispos e superiores religiosos. O Papa também indicou que cada diocese deveria ter uma comissão diocesana de proteção aos menores e vulneráveis.
A Conferência dos Religiosos do Brasil criou o núcleo lux mundi, inspirado no título do Motu Proprio, para ajudar as dioceses e instituições na instalação das comissões.
Serviço
Atuando já há 4 anos a serviço das dioceses e congregações, o Núcleo conta com importantes parcerias nacionais e internacionais. Sua equipe multidisciplinar, por meio de cursos e ações, presenciais e on-line, já capacitou mais de duas mil pessoas, de mais de 180 dioceses brasileiras.
Cursos
Um dos meios para colaborar com as instituições católicas é um curso que permite uma compreensão profunda das complexidades dos abusos, incluindo os aspectos psicológicos das vítimas, os procedimentos legais e canônicos, e as estratégias de prevenção, em vista de responder de maneira imediata e adequada às comunicações, e manter ambientes seguros e acolhedores dentro das instituições eclesiásticas.
No Amazonas, em parceria com a Faculdade Católica do Amazonas, o curso está sendo oferecido para clérigos, agentes de pastoral e membros de escolas católicas, das 9 dioceses e prelazias do estado.
Para Dom Hudson Ribeiro, bispo auxiliar de Manaus, “o curso representa um programa mais organizado, sistematizado e integrado, a partir de um olhar bíblico, da espiritualidade, dos documentos da Igreja, da psicologia, da antropologia, da moral, em vista de formas de intervenção, que junte iniciativas pontuais na área da prevenção”.
Informação
Dom Hudson recorda um agente de pastoral que se sentia incomodado por não saber como agir diante de situações de abuso, mas agora “sabe para onde encaminhar as vítimas, se sente mais seguro, um pouco mais competente para saber como ajudar, e esse é um dos objetivos dessa iniciativa, oferecer esperança para quem precisa de ajuda e também para quem pode ajudar”, destaca Dom Hudson Ribeiro.
Notificar casos, tanto no ambiente eclesial, como na sociedade civil, é importante para que a justiça seja feita e que a cultura do cuidado, da proteção, da prevenção e da transparência seja implementada efetivamente em todos os ambientes.
