separateurCreated with Sketch.

Seu filho mente? Quando se preocupar

Girl
whatsappfacebooktwitter-xemailnative
Paulo Teixeira - publicado em 07/04/25
whatsappfacebooktwitter-xemailnative
Em primeiro de abril foi comemorado, de maneira jocosa, o Dia da Mentira, mas para muitas famílias essa é uma preocupação

A mentira é considerada um dos pecados capitais e deve ser evitada. Os adultos podem procurar vantagens por meio das histórias que inventa, e isso é uma questão de comportamento e de caráter. Contudo é importante diferenciar a mentira dos adultos das histórias que as crianças inventa.

Para  psicóloga Claudia Pinho, “a mentira surge para a criança quanto ela tem um desenvolvimento cognitivo suficiente para isso: então, entre 3 a 4 anos, elas já podem começar a viver a essa experiência, compreendendo e testando formas de manipular a realidade a seu favor. Há várias outras formas de fazer isso, e a mentira é uma parte natural delas”.

Diferente do adulto, a criança não busca passar uma informação falsa, mas elas procuram “testar sua autonomia e também conhecer sobre o quanto podem influenciar pessoas e seu meio como um todo, bem como para formar e fortalecer relações”, afirma Claudia Pinho que afirma ainda que para a criança mentir pode ser “uma forma de exercício da criatividade e imaginação, algo mais ou menos parecido com o faz de conta e jogos que também são tão comuns na infância”.

Mentira patológica

Contudo, os pais precisam ficar atentos, pois, se a mentira se tornar frequente na vida da criança, pode indicar dificuldades emocionais ou comportamentais. “Nesses casos, a criança mente a partir de conflitos que envolvem autoestima, atenção e que podem indicar caminhos para investigar e abordar melhor alguma disfuncionalidade”, explica a psicóloga. 

A família deve, então, ficar atenta para distinguir as fantasias inofensivas e saudáveis da criança, daquelas nocivas, que devem receber essa abordagem mais séria. 

Claudia Pinho alerta que, basicamente, a mentira precisa de atenção adequada e não somente de punição. “Punir não ajuda: só aumenta a culpa e a vergonha, já que o mentir patológico pode ser uma resposta a trauma, estresse ou defesa geral da criança”, explica. 

“O quanto antes a mentira patológica for abordada na criança, mais eficaz e rápido é o trabalho para resolver as questões que envolvem relacionamento, autoestima e comunicação. Esse trabalho pode ser feito de forma plural, com a família, a escola e os profissionais que envolvem a criança”, conclui a psicóloga Claudia Pinho que é apresentadora do programa Viver com fé e saúde.

Newsletter
Você gostou deste artigo? Você gostaria de ler mais artigos como este?

Receba a Aleteia em sua caixa de entrada. É grátis!

Aleteia vive graças às suas doações.

Ajude-nos a continuar nossa missão de compartilhar informações cristãs e belas histórias, apoiando-nos.

Newsletter
Você gostou deste artigo? Você gostaria de ler mais artigos como este?

Receba a Aleteia em sua caixa de entrada. É grátis!

Top 10
See More