O jornal italiano Il Corriere della Sera publicou alguns dados sobre os votos, insinuando que a escolha estava, desde o início, entre o cardeal Prevost e o cardeal Parolin, antes que este último decidisse se retirar.
Segundo o que foi reportado, no primeiro escrutínio, realizado na noite de 7 de maio, tanto o cardeal Pietro Parolin quanto o cardeal Robert Francis Prevost estavam “muito bem” posicionados nas votações. Há números, que o Corriere della Sera classifica como “não verificáveis”, que atribuíram 49 votos ao primeiro e 38 ao segundo. Outras informações sugerem que o cardeal americano poderia ter recebido até mais votos. Essa situação de quase empate entre os dois cardeais poderia teoricamente ter travado o processo de eleição, uma vez que esses números se aproximam de um terço dos 133 cardeais eleitores, enquanto são necessários dois terços para eleger um papa.
O cardeal Parolin era considerado o “favorito” antes da entrada no conclave, e quando a fumaça branca apareceu logo no quarto escrutínio, muitos acreditaram que o secretário de Estado sob Francisco havia rapidamente reunido os votos a seu favor. No entanto, foi o nome de Robert Francis Prevost que foi anunciado durante o famoso “Habemus Papam”. De acordo com o Corriere della Sera, após a “mediação” de um cardeal, Pietro Parolin teria se retirado, e seus votos teriam migrado para o cardeal americano.
Apesar da surpresa com essa eleição rápida, Robert Francis Prevost não era um desconhecido para seus colegas. À frente do dicastério para os Bispos há dois anos, ele havia tido encontros com muitos líderes católicos ao redor do mundo. Além disso, participou dos dois meses de Sínodo sobre a sinodalidade em Roma, ocorridos em outubro de 2023 e 2024, uma assembleia que reuniu cerca de sessenta cardeais.
