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Estudo diz que capacidades sociais das crianças começam com diálogo antes de nascer

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Paulo Teixeira - publicado em 20/05/25
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A relação intensa entre mãe, pai e filhos começa já na gestação com diálogos e gestos

Quando o bebê está para chegar as famílias se dedicam a muitos preparativos que são importantes. Um deles deve ser a relação com a criança por meio de conversas, canções e toques. Segundo o Papa Francisco “o diálogo é aprendido e incentivado primeiramente na família” e por meio dele são estabelecidas relações saudáveis. 

As primeiras conversas das crianças, digamos assim, são com os pais e por meio dessas conversas domésticas é que as crianças aprendem as palavras. Segundo Luana Bressam, neuropsicóloga de Campo Largo (PR), “esse diálogo ensina às crianças habilidades sociais essenciais, como escutar o outro, expressar suas próprias ideias de forma clara e respeitar a opinião das outras pessoas, e tudo isso prepara a criança para interagir de forma mais saudável com os outros ao longo de toda a sua vida”.

Fases

A comunicação entre pais e filhos começa durante a gestação e é fundamental. No ventre a criança já reconhece as vozes ao redor. Em entrevista ao programa Viva a vida da Pastoral da Criança a neuropsicóloga Luana Bressam indicou que "após o nascimento, os bebês respondem à voz dos pais e ao contato físico. Durante os primeiros meses, os bebês começam a fazer sons vocais, como os balbucios, e os pais podem responder a esses sons imitando-os, começando a estabelecer uma base para essa comunicação”. 

 De 6 a 12 meses, as palavras já começam a ser compreendidas e as crianças começar a imitar o que ouvem; Dos 12 aos 18 meses, o vocabulário adquirido já permite formar frases que ficam mais complexas até os dois anos.

“Dos dois aos três anos, a linguagem continua crescendo rapidamente e os bebês começam a fazer perguntas simples e a participar de conversas mais significativas. Então, durante todas essas fases, é muito importante que os pais forneçam um ambiente rico em linguagem, conversando e lendo para as crianças, respondendo ativamente às tentativas de comunicação da criança. Essas interações ajudarão muito no desenvolvimento da linguagem e no fortalecimento dos vínculos entre pais e filho”, explica a especialista. 

Estratégias

A neuropsicóloga destaca que “as canções têm um efeito calmante e podem ajudar muito nessa ligação entre a mãe e o bebê”. Existe toda a ansiedade pelo nascimento da criança, mas a relação entre pai, mãe e filho já é intensa na barriga, por isso palavras cheias de afeto, canções preferidas e toques de carinho são fundamentais.  Também irmãos, outras familiares e amigos podem ser "apresentados" para os bebês por suas vozes e canções ainda dentro da barriga.

“O bebê pode responder aos toques na barriga da mãe, então fazer carícias na barriga, acariciar a barriga, fazer um carinho, ler um livro para o bebê em voz alta, escolher um livrinho com historinhas simples e ler para esse bebê, mesmo que ele não as entenda, mas criar o hábito da leitura para o bebê. Envolver o pai a participar também desse processo de conversar, de acariciar o bebê ainda na barriga. Então, essas interações podem beneficiar o desenvolvimento emocional e cognitivo do bebê e também os laços familiares”, destaca Luana Bressem.

Tempo de qualidade

Atualmente a falta de tempo devido as rotinas corridas de pais e filhos pode afetar o diálogo. Também o uso de celulares pode tomar tempo do contato familiar, nesse sentido, para Luana, “para superar esses obstáculos, os pais podem se esforçar para dedicar um tempo de qualidade para seus filhos, demonstrando empatia, interesse e respeito pelas opiniões e sentimentos das crianças, além de criar um ambiente acolhedor e aberto ao diálogo”.

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