No início da Missa ou do terço, as pessoas iniciam com o sinal da cruz. Ao final das cerimônias também a bênção é invocada traçando o sinal da cruz sobre os fiéis. Um gesto importante para as celebrações da fé e também para o cotidiano. Muitas pessoas fazem o sinal da cruz ao passar diante de uma igreja ou em momentos específicos do dia repetem o sinal com o qual foram marcadas no dia do batismo.
Fé
Este gesto inclui duas realidades de nossa doutrina, segundo o professor Padre Antônio Bogaz: “Quando recitamos o gesto da cruz, recordamos o mistério da nossa salvação. Tecendo sobre o rosto o sinal da cruz, fazemos anamnesis deste grande acontecimento que marca a história da salvação”.
Nesse sentido, mais que demarcar o início do ritual, o sinal da cruz é parte da oração. “Não podem ser gestos imperceptíveis, maltraçados e sem elegância. Este gesto deve recordar o traço entrecortado da cruz, com suas duas hastes, para reviver espiritualmente a paixão e morte do Senhor”, recorda o sacerdote.
Trindade
Também as pessoas divinas recordadas enquanto se traça o sinal da cruz fazem uma referência profunda ao mistério da trindade: “Nas pontas das hastes da cruz, aclamamos o nome de Deus, que é Pai, que é Filho e Espírito Santo, revelando que os três participam e são solidários na entrega do Filho Jesus Cristo, na cruz. A Trindade está presente por inteiro no evento do Calvário”, destaca Padre Bogaz.
Mais além
Na dimensão mística, o sinal da cruz tem o valor de consagração ou santificação, suplicando a proteção divina, bem como se entregando ao Senhor. “Por esta motivação, fazemos sempre este sinal diante das igrejas, no início de nossas atividades e em momentos cruciais da vida. Quem já não observou um goleiro traçando o sinal da cruz na hora do pênalti, ou o artista antes de sua performance? Este sinal significa súplica e entrega a Deus”, explica Padre Bogaz.

