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Qual a mensagem central da Bíblia?

Dłonie ludzi złożone na Biblii
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Paulo Teixeira - publicado em 26/05/25
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Com tantos livros diferentes e com histórias diversas, a Bíblia transmite uma mensagem

As histórias que a bíblia conta nasceram do relacionamento de Deus com o povo e guardam uma mensagem que perpassa os 73 livros que a compõem. “Eu vi a miséria do meu povo que está no Egito, ouvi os seus clamores por causa de seus opressores, conheço suas angústias, por isso desci a fim de libertá-los...” (Ex 3,7). Na sarça ardente, Deus revelou seu nome a Moisés: “Eu sou o Deus de teus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó” (Ex 3,6). O nome de Deus é a espinha dorsal da bíblia. Deus quer ser a presença que nos liberta e dá sentido para a nossa caminhada. Ele deu provas de que esta é a sua vontade; libertou o seu povo do Egito e ressuscitou Jesus dos mortos.

Ser povo de Deus exige sérias transformações em nossa vida, não haveria mais opressão, reinaria a justiça, o direito e a verdade. O amor ao próximo seria igual ao amor a Deus.

A aliança com Deus sempre foi renovada, e Israel procurava ser povo de Deus buscando atingir, para si e para os outros, os bens das promessas divinas. Algumas vezes se acomodava, em vez de servir pretendia ser servido, reduzindo a vontade de Deus a seus interesses mesquinhos.

Na bíblia encontramos os profetas. Homens e mulheres que apareciam em momentos de crise do povo, denunciando o erro e anunciando a vontade de Deus. Seus nomes, suas palavras e gestos foram conservados. São 4 profetas maiores: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, e 12 menores: Oseias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias, e muitos outros profetas que não deixaram escritos mencionados na bíblia, o maior deles é Elias. A mensagem central da bíblia, em torno da pureza do nome de Deus, faz nascer em nosso coração uma abertura acolhedora.

A aliança

A aliança é um compromisso de amor. Quem ama escolhe, se apaixona, se dá a conhecer, caminha junto e ajuda. O Deus da aliança não é um Deus distante. Ele decide habitar no meio de seu povo, presença divina na sua criação.

A bíblia não tem dificuldade de ensinar que o relacionamento de Deus com o povo é de amor: “foi por amor que vos escolhi” (Dt 7,8). O nosso Deus cria, ama, se compadece, perdoa, renova as promessas para manter sua fidelidade. Oseias foi o profeta que transmitiu a ideia de que a relação de Deus com o povo é como um casamento. O NT revela que o rosto de Deus é amor (1Jo 4,8.16).

A primeira aliança de Deus foi estabelecida com Noé: “Eu estabeleço a minha aliança com vocês e com seus descendentes” (Gn 9,9). A segunda aliança foi com Abraão (Gn 12-25), Deus fez uma promessa e ele saiu em busca de uma terra nova; depois Deus fez aliança com Jacó, mantendo a promessa feita a Abraão (Gn 25 e 27).

A aliança do Êxodo é uma releitura das promessas de Deus ao seu povo, numa situação de dura servidão e opressão. A revelação do nome de Deus como aquele que está presente, que “vê a opressão, que ouve o grito de aflição, que toma conhecimento de seus sofrimentos, que desce para libertá-los e fazê-los sair para uma terra espaçosa, onde corre leite e mel” (Ex 3,7-8), é a aliança que permanecerá para sempre na história do povo de Deus. Moisés foi enviado para libertar o povo e levá-lo para a terra onde corre leite e mel, num longo processo em que o povo viu a ação de Deus que ajuda a vencer a escravidão: “Vou tomar vocês por meu povo e eu serei o Deus de vocês” (Ex 6,7). No Monte Sinai, Deus se revela como protetor e salvador do povo libertado. Deus deu normas ao seu povo para ajudá-lo a não cair novamente na escravidão, e esperava a fidelidade. Estas normas são os dez mandamentos. Na bíblia encontramos muitas orações que cantam a beleza dos mandamentos de Deus, caminho seguro para viver a aliança.

Os profetas utilizaram várias imagens para descrever a aliança e reforçar a fidelidade; comparavam Deus com um esposo dedicado, enfatizando com a aliança o amor eterno.

Jesus e a Bíblia

A ressurreição de Jesus é o evento que ilumina e revela aos cristãos o sentido da Bíblia. Tudo o que Jesus ensinou e que os profetas anunciaram ganhou novo sentido com a ressurreição.

A cena dos discípulos de Emaús ilustra a situação em que a comunidade vivia. Os dois não reconheceram Jesus que caminhava com eles no dia da Páscoa (cf. Lc 24,15-1), faltava-lhes a luz; quando, porém, o reconheceram ao partir o pão, Jesus desapareceu (cf. Lc 24,30-31).

Jesus usou a Bíblia para suscitar neles uma profunda transformação de vida, do medo para a coragem, do desespero para a esperança. A conversa com os dois discípulos estabelece pontos fundamentais para a nossa leitura da bíblia. Jesus reflete com eles sobre a realidade, cria um ambiente de conversa a respeito dos fatos que aconteceram em Jerusalém naqueles dias, com jeito, leva os dois a falarem dos problemas que causavam desânimo. Com isto veio à tona a realidade, a tristeza, a falsa esperança de um messias glorioso, a condenação e a morte de Jesus (cf. Lc 24,13-24).

Depois de ouvir os dois, Jesus, partindo das escrituras, começou a interpretar os fatos e animá-los, refletiu e provou, com a luz da palavra, que os fatos não estavam escapando das mãos de Deus. Estudaram a palavra de Deus a partir da vida.

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