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A oração de Santa Teresinha em tempos de aridez espiritual

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Majo Frias - publicado em 05/06/25
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Para a santa de Lisieux, a oração é um impulso do coração; No entanto, às vezes parece que perdemos esse "ímpeto". O que fazer nesses momentos? Teresa nos explica

Às vezes, assim que fechamos os olhos e nos preparamos para orar, dizemos "Senhor" e ficamos sem palavras, sem pensamentos ou desejos de continuar; Outras vezes, o próprio ato de se preparar para orar é percebido como um desafio. Embora existam várias dificuldades na oração, uma das mais comuns tem a ver com a "aridez". 

O Catecismo reconhece que, na aridez, "o coração é desapegado, sem gosto por pensamentos, memórias e sentimentos, mesmo espirituais". E embora nestes períodos de tempo não nos sintamos assim, o catecismo nos garante que: 

"É o momento em que a fé está em sua forma mais pura, a fé que permanece firme com Jesus em sua agonia e no túmulo" (CIC 2731) O maior encorajamento que temos como católicos para superar esses tempos de provação e deixar nossa fé crescer é que não estamos sozinhos! Os santos, que nos precedem no caminho da fé, viveram as mesmas batalhas que nós; até mesmo os grandes santos da história, como Santa Teresa do Menino Jesus, Doutora da Igreja.

A oração, um impulso do coração

Em História de uma alma, Teresa narra que a oração é "um impulso do coração" que "nos une a Jesus": 

"Para mim, a oração é um impulso do coração, um simples olhar voltado para o céu, um grito de gratidão e amor, tanto no meio do sofrimento quanto na alegria. Em uma palavra, é algo grande, algo sobrenatural que expande minha alma e me une a Jesus".

Ore quando o espírito estiver seco

Mais tarde, ela admite que às vezes é especialmente difícil dirigir um único pensamento a Jesus. No entanto, movida pelo amor, ela encontra uma maneira de ficar juntos e continuar a alimentar sua alma. 

"Às vezes, quando meu espírito está tão seco que é impossível para mim ter um único pensamento de me unir a Deus, rezo muito lentamente um 'Pai Nosso' e depois a saudação angélica. Então, eu amo essas orações e alimento minha alma muito mais do que se eu as rezasse apressadamente cem vezes..."  (Manuscrito C, capítulo 11). 

A santa da simplicidade e da confiança não precisava de orações elaboradas ou fórmulas poéticas; mas ela não desistiu e pereceu antes do teste. Quando não encontrou palavras na sua alma, recorreu à oração mais perfeita: aquela que o próprio Jesus nos ensinou a dirigir-nos ao Pai.  

Mas, acima de tudo, Teresa de Lisieux nunca duvidou de que sua oração – por mais complicada que fosse – era ouvida e atendida pelo bom Deus. Pois, como ela mesma escreveu, quando orava "eu gostava de crianças que não sabem ler: digo a Deus simplesmente o que quero dizer a Ele, sem compor frases bonitas, e Ele sempre me atende". 

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