Papa desde 8 de maio, Leão XIV ainda não tinha tido a oportunidade de se dirigir especificamente aos casais. Ele simplesmente enfatizou, em seu discurso aos membros do corpo diplomático em 16 de maio, que a família foi "fundada na união estável entre um homem e uma mulher". O Jubileu das Famílias, o primeiro evento jubilar em que participou diretamente em um ambiente litúrgico, permitiu-lhe desenvolver e compartilhar com os católicos de todo o mundo sua visão do casal e da família. Para o papa agostiniano, a família é "um sinal de paz para todos, na sociedade e no mundo". "É nas famílias que se constrói o futuro dos povos", disse.
Um grande desafio que depende da relação entre um homem e uma mulher, chamados a manifestar o amor de Deus. "O mundo de hoje precisa da aliança conjugal para conhecer e acolher o amor de Deus", disse o Papa. Mas, visto que o homem é imperfeito, a aliança matrimonial não é evidente! Por isso, ao longo da homilia, Leão XIV propôs desafios dirigidos aos casais, em vista de alcançar aquele "amor total, fiel e fecundo", reflexo do amor de Deus pelos homens.
Ser "um", à imagem de casais santos
Como filho digno de Santo Agostinho, Leão XIV defendeu a unidade. Unidade entre todos os homens, mas também no casal, na medida em que Deus pode identificar-se naquilo que permanece unido, através de uma comunhão de amor da qual Ele mesmo é a fonte. E esta união conjugal não é impossível. Leão XIV cita como prova esses casais de santos que foram canonizados "não separadamente, mas juntos, como casais". Louis e Zélie Martin, Luigi e Maria Beltrame Quattrocchi, o casal Ulma... "Ao designar os esposos como testemunhas exemplares, a Igreja nos diz que o mundo de hoje precisa da aliança conjugal para conhecer e acolher o amor de Deus", enfatizou.
Perdoe
Aliança conjugal não significa ausência de conflitos. Por outro lado, é alcançado e mantido por meio do perdão e da reconciliação. E é também a força do amor de Deus que vem sustentar os casais, uma força que "unifica e reconcilia", tornando assim possível superar "as forças que desintegram as relações e as sociedades". É através do perdão e da reconciliação que o casal pode tornar-se “sinal de paz para todos, na sociedade e no mundo”.
Dê frutos
Citando a encíclica Humanae vitae de Paulo VI – que permaneceu na memória coletiva pela rejeição da contracepção, mas que é sobretudo uma reflexão sobre o valor do matrimônio e do amor conjugal – Leão XIV recordou que "o matrimônio não é um ideal, mas a norma do verdadeiro amor entre homem e mulher: um amor total, fiel e fecundo". "Ao transformá-los em uma só carne, esse amor os torna capazes, à imagem de Deus, de dar a vida", disse o Papa.
Seja consistente na educação
Leão XIV também se dirigiu aos cônjuges como pais, e deu alguns conselhos para a educação, começando com a coerência: "Eu os encorajo a ser, para seus filhos, exemplos de coerência, comportando-se como você quer que eles se comportem". Uma maneira de falar, de tratar os outros, de pedir perdão, de usar o telefone... Não faltam situações em que os adultos às vezes carecem de coerência! Por fim, o novo papa convida os pais a educar seus filhos "para a liberdade através da obediência" e a buscar "sempre neles o bem e os meios para fazê-la crescer".
Agradecendo pelo dom da vida
Leão XIV nos encorajou a dar graças pelo dom da vida. A vida que se passa, mas também a vida recebida dos pais. "Sejam gratos aos seus pais: dizer 'obrigado' pelo dom da vida e por tudo o que nos é dado todos os dias com ela, esta é a primeira forma de honrar seu pai e sua mãe", ressaltou.
Transmitindo a fé
Leão XIV nos encorajou a dar graças pelo dom da vida. A vida que se passa, mas também a vida recebida dos pais. "Sejam gratos aos seus pais: dizer 'obrigado' pelo dom da vida e por tudo o que nos é dado todos os dias com ela, esta é a primeira forma de honrar seu pai e sua mãe", ressaltou.
Acredite na vida eterna
O último desafio lançado por Leão XIV, que ressoa particularmente neste Ano Jubilar dedicado à esperança: crer na vida eterna e na comunhão dos santos. Um doce consolo para as famílias enlutadas. "Um dia seremos todos um", recorda o Papa, que já tinha, durante o Regina Coeli de 11 de maio, pensado para as "mães que já estão no céu". "Uma só coisa no único Salvador, abraçado pelo eterno amor de Deus. Não só nós, mas também nossos pais e mães, nossas avós e avós, nossos irmãos, irmãs e filhos que já nos precederam à luz de sua eterna Páscoa".
