Nesta quinta-feira, 19 de junho, marca-se o 43º aniversário da ordenação episcopal do Papa Leão XIV. Robert Francis Prevost foi ordenado em Roma em 1982 como membro da Ordem de Santo Agostinho.
A ordenação ocorreu no Colégio Agostiniano de Santa Mônica e foi presidida pelo arcebispo Jean Jadot, então pro-presidente do Secretariado do Vaticano para Não Cristãos. Na época, Prevost tinha 27 anos, tendo sido recentemente enviado a Roma por seus superiores para estudar direito canônico na Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino.
Nascido em Chicago em 1955, o futuro papa veio de uma família de ascendência francesa, italiana e espanhola.
Ele ingressou no noviciado agostiniano em 1977 e fez os votos solenes em 1981. Estudou teologia na Catholic Theological Union em Chicago e, posteriormente, foi designado para o trabalho missionário no Peru, onde passou quase duas décadas servindo comunidades locais e se tornou bispo e cidadão peruano.
Sua longa carreira pastoral e acadêmica o levou a ocupar cargos de liderança dentro da ordem agostiniana, incluindo o de prior geral, e mais tarde dentro da Cúria Romana, onde atuou como prefeito do Dicastério para os Bispos. Essa experiência moldou sua reputação como um administrador e pastor habilidoso, contribuindo, eventualmente, para sua eleição como papa em 8 de maio de 2025.
Ao escolher o nome Leão XIV, o novo pontífice se alinhou a uma linhagem de papas que desempenharam papéis decisivos na doutrina católica e no ensino social.
Leão I, conhecido como "o Grande", foi fundamental na definição da doutrina cristológica no século V. Leão XIII, lembrado pela encíclica Rerum Novarum de 1891, lançou as bases para o pensamento social católico moderno.
A eleição do Papa Leão XIV dá continuidade à trajetória iniciada sob o Papa Francisco, o primeiro papa da América Latina. Ambos compartilham uma sensibilidade pastoral semelhante, informada por anos de ministério nas Américas. Porém, Leão XIV também traz uma perspectiva agostiniana distinta para o papado, fundamentada na vida comunitária, estudo teológico e serviço missionário.
Neste aniversário, espera-se que o Papa celebre uma missa privada e ofereça orações de agradecimento. Embora o dia passe sem fanfarra pública, marca silenciosamente mais de quatro décadas de serviço à Igreja — primeiro como sacerdote, e agora como Bispo de Roma.
