A Festa do Corpus Christi, ou do Corpus Domini, foi introduzida, no Ocidente, no século XIII. Interpreta-se como efeito da crescente importância que a adoração à Eucaristia ia tendo na Igreja, em relação ao que até então tinha sido chave fundamental: a celebração e a comunhão. Esta ênfase na adoração foi a resposta à heresia de Berengário, no século XI, que negava a presença real de Cristo, neste sacramento.
Essa é considerada uma das principais festas do calendário católico, e é a solenidade que celebra, de forma pública, a fé católica que atesta a presença real do Corpo, Sangue, da Alma e da Divindade de Jesus Cristo na Eucaristia.
A comemoração é fruto das visões de Santa Juliana de Mont Cornillon. A religiosa belga afirmou ter visto aparições do próprio Jesus, que manifestou o desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Por esse motivo, o Papa Urbano quarto instituiu oficialmente a festa de Corpus Christi em 8 de setembro de 1264.
Um dos costumes mais conhecidos são as procissões que passam por tapetes coloridos com desenhos religiosos. A tradição começou em Portugal, ainda no século XIII, e foi trazida pelos colonizadores para o Brasil. Assim, espalhou-se por todo o território nacional. A ideia dos tapetes surgiu porque os fiéis acreditavam que Jesus estaria andando pelas ruas da cidade.
Na edição do Missal Romano de 1970 essa festa passou a ser chamada de Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, assumindo assim também a memória do Sangue de Cristo, que era celebrado em 1 de julho.
A festa de Corpus Christi acontece sempre 60 dias depois do Domingo de Páscoa, ou Celebra-se na quinta-feira depois do Domingo da Santíssima Trindade, em alusão à Quinta-feira Santa, quando Jesus instituiu o Sacramento da Eucaristia. Contudo, para favorecer a participação dos fiéis, em muitos países, no domingo seguinte.
No Brasil o Corpus Christi não é feriado nacional (como a terça-feira de carnaval também não é), mas sim ponto facultativo. Mas 18 capitais adotaram a data como feriado municipal e, na prática, é um dia em que não se trabalha.
Atualmente é relevante celebrar com ênfase a presença de Jesus na eucaristia para fortalecer as heranças culturais ligadas a essa festa, como a decoração das fachadas e os tapetes coloridos, e também como testemunho público de fé em uma sociedade que relativiza muitas coisas e desconsidera a fé em diversos contextos.
