Sete armas espirituais

Santa Catarina de Bolonha viveu entre 1413 e 1463 na cidade de Bolonha, na Itália. Seu pai era diplomata e ela foi educada junto a corte de Este. A família Este se dedicava muito à cultura e fez da região um centro artístico da época. Dessa forma, Catarina teve conhecimentos sobre pintura, poesia e literatura.  

Todo o conhecimento que ela teve na corte foi importante para que ela optasse para se dedicar à realeza de Jesus. Em 1456 estabeleceu um mosteiro de religiosas clarissas. Viveu ali sendo um importante ponto de referência mística e espiritual para s pessoas.  

Quando morreu, muitos testemunhavam milagres ao tocar em seu túmulo, dessa forma, depois de 18 dias foi exumada e o corpo estava intacto. Dessa forma, foi vestido com o hábito religioso e colocado em uma cadeira para a veneração dos fiéis, e assim está depois de mais de 500 anos. 

Dentre as obras de Santa Catarina tem destaque o livro As sete armas espirituais, no qual a santa vê a vida cristão como um combate contra o mal pelas armas do bem. Ela resume grandes pontos de orientação para a vida.

A primeira arma consiste na solicitude para agir bem. Descartando, assim, a preguiça ou a má vontade em fazer o que deve ser feito. O agir moralmente bem é a prioridade do cristão. 

A segunda arma é, na verdade, um alerta. A desconfiança de si mesmo é uma recordação de que as próprias forças não são capazes de tudo. Por mais que se deva confiar em si próprio, é importante saber que a confiança deve estar em Deus.  

A terceira arma é justamente confiar em Deus sabendo que seu amor faz prodígios. Para um combate em que as forças humanas podem não ter êxito, é importante confiar em deus que não abandona quem se confia a ele.

Santa Catarina fala para recordarmos sempre a encarnação de Jesus, sua vida e seus ensinamentos, e a dor e sofrimento que passou pela salvação do mundo. Afirmava ainda que a paixão de Jesus é a sabedoria que leva à vitória.

Santa Catarina recorda o ensinamento do apóstolo que devemos “fazer o bem enquanto é tempo”, pois a vida é finita e precisamos ter consciência disso e aproveitar de maneira otimizada o tempo, justamente para fazer o bem.

Ter em mente a vida gloriosa ao lado de Deus é um ponto de referência e a meta da vida. As coisas passageiras não devem ser o ponto de referência do cristão, mas os valores que conduzem para a vida eterna é que devem nortear a vida de fé. 

Para vencer o inimigo a sétima arma é a memória da Sagrada escritura. Assim como Jesus debateu com o tentador no deserto recordando a Sagrada Escritura, é importante o cristão ter na ponta da língua versos da Bíblia. Segundo a santa, ter familiaridade com a Palavra de Deus é um meio de ter orientação para os pensamentos e ações.