A mitra é uma das insígnias episcopais, junto com o anel, o báculo e a cruz peitoral. Em grego o nome remete a uma cobertura para a cabeça, como de fato é usada. No Antigo Testamento aparece diversas vezes se referindo às vestimentas sacerdotais, como em Êxodo 29, 9 como símbolo do sacerdócio.
A origem da mitra parece ter surgido na Pérsia e sido adotada também pelos romanos como símbolo de distinção e nobreza. Até o século X era usada somente pelo papa, mas, depois foi adotada também para uso dos bispos e abades, que são os responsáveis pelos mosteiros.
A mitra é usada nos momentos mais significativos das celebrações. Os bispos e abades colocam a mitra sobre a cabeça quando estão sentados, quando se faz a homilia e quando abençoam os fiéis. Também durante as procissões e celebrações dos sacramentos, conforme orienta o cerimonial dos bispos.
Dois tipos de mitra
Existem dois tipos de mitra, basicamente. Um é o simples sem detalhes ou ornamentos, branca ou dourada, usado em diversas celebrações em que o bispo preside a missa; o outro é ornado e consiste em, como o nome já indica, ornamentos que destacam o bispo. Em geral a mitra ornada é utilizada quando um bispo preside a missa concelebrada por outros bispos que usam, a mitra simples.
Quando os cardeais concelebram a missa usam mitras simples com franjas vermelhas. Já a mitra do Papa, em geral, tem contornos prateados ou dourados.
O Cerimonial dos bispos indica que o bispo deve usar a mitra simples em celebrações penitencias, ligadas à quaresma e no dia de finados.
A mitra é um símbolo da santidade desejada e distingue os bispos, pelos quais os fiéis têm muito apreço pelo cuidado e dedicação pastoral. Mais do que um símbolo, é uma insígnia. O respeito e consideração ligados a ela, como aos paramentos eclesiásticos, refletem o respeito e devoção a Jesus na Igreja.









