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O som da fé: como usar o microfone na igreja! 

Kobieta mówi przez mikrofon swoje świadectwo
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Paulo Teixeira - publicado em 14/10/25
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A tecnologia a serviço da liturgia

A igreja é um espaço de encontro e oração, onde a palavra e a música são fundamentais para a participação dos fiéis. A tecnologia, com seus microfones e sistemas de som, pode ser uma aliada poderosa para garantir que todos, independentemente da distância, possam ouvir e se conectar com a celebração. Mas como usar o microfone na igreja?

Em um mundo onde a acústica das grandes construções religiosas pode dificultar a comunicação, a amplificação sonora se tornou uma necessidade. Mas como conciliar a discrição exigida pela liturgia com a eficiência da tecnologia moderna? Ou ainda, será que na igreja, para se comunicar com deus, precisamos de microfones? Será que as igrejas não deveriam ser construções acústicas para ouvir com naturalidade a voz das pessoas e de Deus? 

Onde usar o microfone na igreja

Instrução Geral do Missal Romano (IGMR), que orienta as celebrações católicas, toca no assunto em três pontos-chave. O documento não entra em detalhes técnicos, mas estabelece diretrizes claras para o uso de equipamentos de som: 

No altar: O número 306 da IGMR é direto: “Sobre a mesa do altar... devem dispor-se discretamente os instrumentos porventura necessários para amplificar a voz do sacerdote.” A palavra-chave aqui é "discretamente". O microfone deve ser de boa qualidade e, acima de tudo, pequeno e discreto, sem roubar a atenção do que é mais importante: a celebração. 

No ambão: Para o local de onde são feitas as leituras, o número 309 exige que o ambão seja posicionado de modo que “os leitores possam facilmente ser... ouvidos pelos fiéis.” Para isso, a tecnologia é bem-vinda, e um microfone de qualidade é essencial para garantir a clareza da palavra de Deus. 

Na nave: A preocupação com a audição dos fiéis se estende a toda a igreja. O número 311 reforça que os fiéis não apenas devem ver os leitores, mas também “consigam ouvi-los comodamente, recorrendo aos meios da técnica moderna.” Isso significa que a igreja deve investir em alto-falantes de qualidade, posicionados estrategicamente para que o som chegue a todos os cantos do templo. 

A discrição como princípio

Apesar da falta de detalhes técnicos, a mensagem central dos documentos é a mesma: a tecnologia deve servir, sem chamar a atenção para si mesma. A sugestão de que a solução adotada deve ser discreta e facilmente modificável por futuros sacerdotes aponta para a importância da praticidade e da adaptação. 

Ainda nesse sentido, é importante que seja audível, que os fiéis possam ser animados no canto e acompanhar as leituras. Não precisa ser um som alto, estridente, ou que “desperte os fiéis”. Lembro-me de um padre idoso que celebrava a missa com sua voz calma e alguns fiéis pediram ao rapaz que regulava o som para aumentar o volume para a voz do padre ficar mais forte. O rapaz explicou que não poderia aumentar porque estava dando pra ouvir bem e que não era o caso de “som alto” porque era uma cerimonia religiosa, não um show.  

O importante é a missa. O equipamento serve para que os fiéis possam acompanhar a missa. A discrição na colocação dos microfones, a qualidade das caixas e o volume devem estar em consonância com a importância e dignidade da celebração.  

Em última análise, o som da fé deve ser claro, mas a tecnologia que o transmite deve permanecer em segundo plano, permitindo que a palavra e o rito sejam o foco principal da celebração. 

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