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Arcebispo faz parte da família de Peter To Rot, o primeiro santo de Papua-Nova Guiné

Peter Te Rot
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Daniel R. Esparza - publicado em 21/10/25
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O arcebispo Rochus Josef Tatamai, MSC, espera que o mundo veja no futuro São Peter To Rot “um guia para o presente” — um marido, pai e catequista cuja vida ordinária refletiu uma coragem extraordinária.

Papua-Nova Guiné está prestes a celebrar seu primeiro santo canonizado: o bem-aventurado Peter To Rot, catequista mártir morto em 1945.

canonização está marcada para o domingo, 19 de outubro de 2025 — Dia Mundial das Missões — no Vaticano, com o Papa Leão XIV presidindo a cerimônia.

Em 31 de março de 2025, o Papa Francisco “abriu o caminho” ao aprovar os decretos para a canonização de To Rot, notícia amplamente divulgada pela Vatican News. Em seguida, o Papa Leão XIV reuniu os cardeais em 13 de junhopara definir oficialmente a data.

Falando sobre o legado de seu tio-avô, o arcebispo Rochus Josef Tatamai, arcebispo de Rabaul, disse à Vatican Newsque a fé em sua família “fazia parte da vida cotidiana, por meio da oração, da Missa e da ajuda aos vizinhos.

O arcebispo traça sua linhagem até Josef Tatamai, o irmão mais velho de Peter To Rot.

“Meus pais e avós nos contavam sobre seu compromisso inabalável com Deus e com a comunidade. Não era apenas história; era um exemplo vivo”, disse ele.

avô do arcebispo Tatamai sonhava que um dia houvesse um sacerdote na família, e esse desejo foi recordado pelos anciãos da aldeia no dia em que Rochus Tatamai foi ordenado padre.

Ele acrescentou que o testemunho de To Rot mostra que “a santidade é possível na vida comum”, palavras que espera inspirar famílias e jovens de todo o país.

“A vida dele me ensinou que a fé não é algo abstrato”, explicou o arcebispo. “Ela é vivida, às vezes, nas circunstâncias mais desafiadoras.”

Uma nação em festa

Outras vozes também destacaram a importância do momento. A equipe postuladora da causa descreveu o clima em Papua-Nova Guiné como “muito, muito animado”, chamando o evento de “histórico”, em entrevista concedida à Vatican News no mês passado.

Agenzia Fides também sublinhou a atualidade pastoral do testemunho de To Rot, chamando-o de “o santo de que a Igreja precisa nestes tempos.”

Para quem não conhece sua história: Peter To Rot (1912–1945) serviu como catequista leigo em East New Britain. Durante a ocupação japonesa, ele defendeu o matrimônio cristão, sustentou silenciosamente a vida paroquial enquanto os padres estavam presos e acabou sendo morto por causa da fé.

Esses traços biográficos foram repetidamente narrados por meios católicos no Pacífico e em outras regiões.

O momento da canonização também tem um significado nacional. Em 2025Papua-Nova Guiné celebra 50 anos de independência, e líderes civis e religiosos estão apresentando a canonização como um presente à nação em um ano jubilar de esperança.

arcebispo Tatamai compartilhou ainda detalhes familiares que mantêm viva a memória de To Rot: o catequista era um dos quatro irmãos — Theresa IaVarpilak, Josef Tatamai, Peter e Gabriel Telo — filhos de Angelo Topuia e Maria Iatumulentre os primeiros católicos batizados em Rakunai.

“Desde jovem, sentia sua presença em nossa casa”, contou o arcebispo à Vatican News.

Linha do tempo

  • 31 de março de 2025: o Papa Francisco aprova os decretos para a canonização.
  • 13 de junho de 2025: o Papa Leão XIV define oficialmente a data no consistório público.
  • 19 de outubro de 2025: canonização durante o Dia Mundial das Missões, na Praça de São Pedro.

Como destacou a Vatican News, o arcebispo Tatamai espera que o mundo veja no futuro São Peter To Rot “um guia para o presente” — um marido, pai e catequista cuja vida simples refletiu uma coragem extraordinária.

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