No início do ano de 2009, com apenas 19 anos, o jovem Douglas ingressou no seminário propedêutico da Arquidiocese de Porto Alegre, em Gravataí-RS.
No final desse mesmo ano, sua formação rumo ao sacerdócio, seu grande sonho, teve que ser interrompida: Douglas foi diagnosticado com um câncer raro, iniciando uma longa batalha contra a doença. Apesar disso, não abandonou o desejo de viver sua vocação, e fez da doença um meio de se unir ao Senhor.
Era um homem de profunda espiritualidade. No hospital, manteve sua rotina de oração e vida sacramental, se confessava com frequência e recebia a Eucaristia diariamente.
Na fase mais grave da doença, já não podia ingerir nenhum alimento, inclusive a hóstia consagrada.
Por isso, o Santíssimo Sacramento era levado ao seu quarto em uma teca, e colocado em um corporal sobre o seu abdômen, para que Douglas pudesse adorá-lo. Esta foi a forma que encontrou para não se afastar do Sacramento da Eucaristia.
Uma de suas marcas era o bom-humor. Mesmo com as dores e limitações impostas pela doença, o jovem se mostrava confiante e esperançoso. Sempre que podia, saía do seu quarto no hospital para animar e consolar outros enfermos. Sobre a doença, afirmava: “Não me pergunto o porquê, mas por quem; e eu ofereço pela salvação das almas”.
Douglas era apaixonado pela vida apostólica. Antes de entrar no seminário já tinha uma vida intensamente dedicada à sua comunidade paroquial. Quando se tornou seminarista isso apenas se intensificou.
Quando já não podia evangelizar de forma direta, oferecia seus sofrimentos pelas almas, muito consciente de que, como disse o Papa João Paulo II, “na fraqueza da cruz, o sofrimento humano pode ser penetrado pela força de Deus, manifestada na cruz de Cristo, permitindo que a fragilidade seja transformada pela potência divina”.
Em 22 de janeiro de 2013, Douglas fez sua Páscoa definitiva, com apenas 22 anos de idade.
Suas últimas palavras foram: “Tenho zelo pela vida apostólica”, “Meu Senhor e meu Deus” e “Eu amo vocês”. Sua entrega serena e fiel se tornou uma fonte de inspiração para muitos jovens que o conheceram.
Seu testemunho continua a atrair muitos outros, que veem em Douglas um modelo de bravura na provação e amor por Cristo e pela Igreja.
“Ofereço meus sofrimentos pelo Papa, pela Arquidiocese de Porto Alegre e pelo nosso Arcebispo”: essa foi a oração de Douglas Szortyka, jovem seminarista gaúcho, ao saber do agravamento de seu estado de saúde.
O câncer raro, descoberto no final de 2009, já tinha obrigado Douglas a se submeter a diversos sofrimentos: internações, cirurgias, sessões de quimioterapia e inúmeros exames. Mas não foi capaz de tirar dele a alegria e a fé.









