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9 dicas para resistir à tentação da gula

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Edifa - publicado em 07/10/19

A gula é um vilão que pode facilmente trazer à tona outros demônios (e ainda alguns quilinhos a mais!). Aqui vão alguns remédios que nos ajudarão a vencer esse “pecadinho”, que não verdade não é tão “inho” assim1. Pensar sobre as suas motivações

Pare um pouco e se pergunte: “Por que eu vou comer isso?”; “Qual bem eu quero me proporcionar?”. Será que estamos escolhendo a comida segundo o bem que ela fará a nossa saúde ou apenas segundo nosso desejo? Como sabiamente constatou São João Cassiano (teólogo cristão francês), “aquilo que é prazeroso nem sempre é bom”. O prazer não é um sinal de que aquilo que comemos ou bebemos é bom, sobretudo quando utilizamos o alimento ou bebida de forma exagerada, distorcendo o seu real objetivo.

2. Encontrar no alimento um dom de Deus

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© De Monkey Business Images-shutterstock

“Portanto, quer vocês comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus” (1 Cor 10, 31). Vamos nos acostumar a agradecer sempre antes e depois de cada refeição. 

3. Reeducar o seu corpo

O homem de hoje precisa reaprender a escutar o seu corpo e a não priorizar unicamente o prazer. É fácil perceber quando passamos do estado de satisfação ao de ‘prazer excessivo’, que quer dizer que comemos demais. Nosso corpo tem uma certa sabedoria, ele mesmo sabe dizer ‘pare’. Não é tão bom quando saímos da mesa sem aquela sensação de peso?

4. A conversa

É possível prolongar o prazer pela lembrança do prato delicioso, mas que aquele ótimo jantar não ocupe o lugar de toda a nossa conversa! O excesso pode também estar presente na nossa memória. Por outro lado, existe o mau hábito de reclamar que a comida é pouca, que não foi servida em grande quantidade. A temperança começa pelo fato de aceitar o conteúdo do seu prato.

5. A renúncia

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© Cat Box – Shutterstock

Não sonhe: é impossível aprender a se controlar sem um mínimo de renúncia. Saberemos quem é o mestre em casa – nossa vontade ou nosso prazer – apenas no dia que aprendermos a dizer não a certos prazeres. Se o jejum é tão difícil durante a Quaresma, é porque não estamos acostumados a nos privar no resto do ano. Algumas ações que podemos tomar regularmente são: escolher um prato que gostamos mais ou menos, renunciar a repetir um prato que achamos delicioso ou, renunciar a alguns alimentos que nos trazem muito prazer.

6. A atitude na mesa

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© Africa Studio – shutterstock

Um padre disse uma vez: “Se você quer saber se um homem tem intimidade com Deus, olhe para ele à mesa. Se ele estiver atento a todos, tenha certeza de que ele está junto a Deus. Mas se ele pensa apenas em encher o estômago, se ele se serve antes de todos os outros, se só quer contar as suas histórias sem ouvir as do próximo, se prefere procurar a companhia dos grandes do que estar em comunhão e convivência com todos, podemos duvidar da profundidade de sua comunhão com o Senhor”. Cuidado para não se tornar uma pessoa assim.

7. Através de atos

Basta revisar em você todos os tipos de gula e aí tomar a direção contrária. Por exemplo, podemos definir com antecedência um horário específico para as refeições ou, decidir parar de “beliscar” quando chegarmos em casa à noite ou durante a preparação do jantar.

8. Trate a causa

O prazer do paladar é uma compensação. “Nós não podemos viver sem prazer”, disse Aristóteles. Mas comer é o prazer mais imediato. Nós podemos ajudar a nós mesmos a comer menos buscando o prazer em outras coisas, isto é, diversificando as nossas fontes de consolo.

9. Medite o exemplo de Cristo

MĘŻCZYZNA Z BIBLIĄ

Alexander Michl/Unsplash | CC0

Santo Inácio nos convida a contemplar a forma como Jesus se alimentava. Peguemos o exemplo dele e não esqueçamos que comer é antes de tudo, estar junto. Estar é partilhar, partilhar é amar e amar é Jesus.

Padre Pascal Ide e

Luc Adrian