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Família numerosa: as mães organizadas contam os seus segredos

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Edifa - publicado em 30/10/19
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Também as mães são condenadas a serem vítimas do terrível titã Cronos? Será que elas podem se dar ao luxo de escapar da corrida contra o relógio que começa assim que acordam? Veja as dicas e depoimentos de mães experientes.

Em todos os lares, a vida cotidiana inevitavelmente passa por momentos de tempestade que se alternam com praias de ondas calmas. Nesse momento é necessário realizar um máximo de tarefas para poder enfrentar mais tranquilamente os momentos de urgência previstos com o retorno das crianças da escola, chamado de “cadeia fatal”: lição de casa, banhos, jantar, etc! Laurence, cujo filho mais velho tem 7 anos e o mais novo quarto filho tem apenas 3 semanas, anuncia serenamente: “Tudo o que cansa é o que não é feito”. Mas exatamente como devemos fazer? É preciso “fazer tudo”?

Seja organizado

Nadine é secretária, ela começa a sair dos anos difíceis de quando as crianças não tinham autonomia: “Eu tinha que planejar tudo para elas antes de sair. Meus dias começavam às 6h da manhã. Agora que eles estão mais velhos, ganho meia hora de sono todos os dias”. Somente a organização e o planejamento lhe permitiram lidar com as muitas demandas da vida cotidiana. Anouk, mãe de sete filhos, acredita que “assim como uma criança é convidada a dar um passo adiante em seu trabalho escolar, uma mãe deve se antecipar e dar também passos em seu trabalho”. “Se você não previr o horário de pico das 18h-20h, certamente ficará desgastado”, acrescenta ela. Odile também procura otimizar o tempo ao máximo pois as necessidades são muitas e variadas. “Quando as crianças chegam da escola no final da tarde, o jantar já está pronto”, explica ela.

“Não é porque você está em casa que não precisa ser profissional”, diz Anouk. “Você precisa ser muito exigente consigo mesmo, estabelecer metas e prioridades”. Objetivos? “Para se estruturar, para saber o que você quer fazer, é preciso olhar além do trabalho muitas vezes repetitivo”. Prioridades? “Não podemos fazer tudo”, alerta Anouk. É difícil aceitar que não conseguimos fazer tudo, mas é muito importante compreender esse fator. “É uma exigência duplamente benéfica que permite organização e progresso”. “A cada criança me torno mais eficiente. No começo, com um, me sentia sobrecarregada, agora que tenho quatro, tenho tempo livre”, observa Odile.

A organização não exclui a reflexão. Anouk aconselha a passar tudo por escrito. Onde escrever? No quadro branco da cozinha, em um caderno ao lado da entrada, em seu diário, em seu notebook ou celular, etc. O mais importante é que o acesso a essas notas seja simples e fácil.

“Conheça a si mesmo”

Para nos organizar, é importante que nos conheçamos. Primeiro, do ponto de vista físico: “Não planejo nenhuma atividade depois das 20 horas, diz Odile, em geral estou cansada demais e preciso de longas noites de sono”. “Também organizo um dia por semana sem filhos”, diz Odile. Aproveito a oportunidade para sair, fazer compras, ir à academia, etc. Eles almoçam na casa de uma amiga e no dia seguinte eu cuido dos filhos dela”. Para Elisabeth, mãe de três filhos, o relaxamento consiste em ler revistas profissionais ou de notícias, facilmente até meia-noite!

Conhecer o seu temperamento, dos momentos de fraqueza aos momentos de sucesso também é fundamental para tirar o melhor de si. O mesmo vale para as crianças: “Eu sei que elas não gostam de ter pressa de manhã”, diz Nadine. Por isso, ainda à noite, eles organizam a mesa para o café da manhã e assim, de manhã eles já podem começar a comer sozinhos. O mesmo vale para bolsas e roupas escolares – estamos mais tranquilos desde que percebi que precisava pedir que estivessem prontos na noite anterior. “

A comunicação no coração da organização familiar

Para Marie, organização rima com comunicação. Disso depende o clima da casa. “É curioso como não sabemos como dizer aquilo que estamos sentindo”. Depois de um dia de trabalho, ficamos de mau humor, vemos um detalhe irritante: por exemplo, uma mochila solta na entrada. Nós não nos expressamos e de repente, toda a casa fica inquieta. Certamente atacaremos o primeiro que vier ao nosso encontro. Nesses casos, é bom se explicar, dizer com calma o que se sente. Muitas vezes, o simples fato de falar nos libera da tensão, diz ela. E ainda acrescenta: “Comunicação também é saber quem faz o quê. Temos uma grande agenda onde anotamos as idas e vindas de todos, e os endereços onde podemos ser encontrados”.

Também devemos apelar para a imaginação. “Toda a família precisa encontrar suas próprias regras: minhas quatro filhas, por exemplo, estabeleceram ordem para o uso do banheiro. Desde então, o dia começa com mais calma, continua Marie. Uma excelente maneira é reunir a família quando necessário. O problema é exposto e as ideias surgem. As crianças têm mais imaginação do que nós. Mas atenção, temos uma regra: “CQLM”. “C”: críticas proibidas; “Q”: quantidade ilimitada de ideias; “L”: loucuras autorizadas; “M” para multiplicar. De uma ideia saltamos a outra. “No começo, pensei que a família tivesse que andar sob regras. Com a experiência, percebi que não se tratava de utilizar pressão, mas de pensar na família como um veleiro equipado, preenchido com uma tripulação cheia de recursos”, diz Marie.

Também por estar preocupada com o desenvolvimento de seus filhos, Elizabeth fica encantada ao ver que as horas de presença de sua faxineira diminuindo. “Os preguiçosos ficaram felizes ao ver que tudo estava feito e arrumado. Agora eles se sentem mais envolvidos. É melhor a nível educacional!” Diz Elizabeth. Mesmo ainda jovens, Odile também pede a cada um de seus filhos que a ajude. Seus três mais velhos são responsáveis ​​por uma refeição por semana. Nesse ponto, existem tantas soluções quanto famílias. Anouk, por sua vez não gosta de listas fixas e prefere flexibilidade e espírito de equipe. É a participação de todos que ajuda a desenvolver a criança. Por fim, devemos sempre lembrar que, através do equilíbrio da mãe da família, o equilíbrio da família também se estabelece.

Bénédicte Drouin

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