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Os 9 segredos para vencer a ganância

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Edifa - publicado em 26/11/19

A ganância é uma atitude perigosa que nos pode ferir quando se apodera dos nossos corações. Aqui apresentamos algumas dicas para prevenir este pecado

Vivemos numa sociedade que idolatra o sucesso. Nesta carreira pela felicidade e por uma boa vida, sem que percebamos isso, o dinheiro e os bens que adquirimos acabam por nos possuir. Como podemos não cair nesta armadilha que faz rir o Maligno?

1Não desconsidere este defeito

“Que ninguém olhe para a doença da ganância como uma doença pequena”, diz São João Cassiano. “Quem uma vez cedeu à luxúria de uma pequena soma de dinheiro e permitiu que a ganância se enraizasse em seu coração, não pode deixar de ser inflamado por um desejo mais violento.”

2Recorde a origem e a finalidade dos seus bens

O dinheiro e a propriedade não vêm de nós e não são para nós. É claro que se devem ao nosso trabalho, mas em última análise sempre vêm de Deus: “O avarento”, diz São João Maria Vianney, “é como um porco que come bolotas sem levantar a cabeça para saber de onde vêm”. Por outro lado, não se destinam unicamente a quem os ganhou: “O homem, no uso que deles faz, diz o Concílio Vaticano II, nunca deve considerar as coisas que legitimamente possui como pertencentes exclusivamente a ele, mas deve também as considerar comuns: no sentido de que podem beneficiar não só ele, mas outros”.

3Saiba discernir onde está o seu tesouro... porque

São Francisco de Sales dá esta imagem: “As águias fazem seus ninhos como uma palma de mão, e deixam neles apenas uma pequena abertura no lado de cima; os colocam à beira-mar, e os tornam tão firmes e impenetráveis que a água das ondas nunca pode entrar neles […]. Seu coração deve ser assim, aberto apenas ao céu, impenetrável às riquezas e às coisas obsoletas.”

4Pratique as virtudes contrárias

Seja generoso. Dê sem retorno, sem atraso e sem restrições. A Escritura repete-a constantemente: “De graça dai!” (Mt 10,8); “Dai, e vos será dado porque, com a mesma medida com que medirdes, sereis medidos vós também” (Lc 6,38)”. O Antigo Testamento pede para pagar a Deus o dízimo, ou seja, um décimo de sua renda (não seus lucros), mas é ainda mais por gratidão a Cristo Salvador que se deve determinar o valor de sua doação à Igreja.

5Doe para os pobres

São Basílio gritou literalmente para o “homem rico” que “evita os encontros para não ser forçado a deixar escapar a mínima esmola”. Você só conhece uma palavra: “Não tenho nada, não darei nada, porque sou pobre”. Sim, você é pobre, não tem nenhum bem: é pobre no amor, pobre na bondade, pobre na fé em Deus, pobre na esperança eterna.”

Conselhos práticos: tenha algum troco no bolso, não dê a todos os mendigos, mas a um número decidido com antecedência, dê sem julgar, sem classificar (“Não, não ele, ele vai beber…”), enfim, dar e se dar, com um sorriso ou uma palavra.

6Vá à raiz do problema

Atrás do imperativo de segurança, há uma falta de confiança que não é reconhecida, ou mesmo um desespero na Providência. Recorde a parábola de quem acumula riquezas para a segurança: “Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma. E as coisas que ajuntaste de quem serão?” (Lc 12:20). No entanto, o abandono à Providência nunca foi improvisação. Não se trata unicamente de uma questão de prudência (poupar para a educação futura dos filhos), mas também de justiça (evitar, tanto quanto possível, depender dos nossos concidadãos).

7Seja concreto no dom

Santo Inácio de Loyola, em suas “Algumas Regras a observar na distribuição de esmolas”, dá o exemplo de “São Joaquim e Santa Ana que, a cada ano, fazem três partes de seus bens: dar uma aos pobres, dedicar a segunda ao serviço do Templo e ao culto divino, reservando a terceira para suas necessidades”. Podemos pensar, por exemplo, no início do ano, qual é a parte do orçamento atribuída a estes diferentes sectores. Esta pode ser uma oportunidade para fazer um balanço de seus bens: o que não foi usado por um ano ou mais (roupas, utensílios, etc.) é realmente útil?

8Reverta suas perspectivas

Em vez de dizer: “Darei quando eu tiver o necessário” – o que nunca fazemos, porque as urgências do temporal devoram as melhores resoluções – dizemos: “Dedico uma percentagem do meu orçamento ao Senhor”. As crianças podem ser educadas para este dom, se lhes encorajarem a doar parte da sua mesada, logo que a recebam, a uma caridade ou num acto material de caridade.

9Pratique do desprendimento

Depois de enumerar os efeitos devastadores da paixão pelo dinheiro, São João Clímaco acrescenta: “Um pequeno fogo é suficiente para queimar muita lenha; e com uma só virtude, escapamos de todas as paixões que acabamos de dizer. Esta virtude é chamada desprendimento: é produzida pela experiência e gosto de Deus e pelo pensamento do seu relato que deve ser dado na hora da morte.

Padre Pascal Ide e Luc Adrian

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