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Por que o silêncio é importante para as crianças?

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Edifa - publicado em 15/01/20
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Toques de telefone celular, rádio, televisão, música, crianças gritando… Vivemos no barulho o tempo todo. Mas quando esse barulho atrapalha nossa vida cotidiana a ponto de impedir que nos comuniquemos uns com os outros, e especialmente com Deus, devemos ousar parar e abrir espaço para o silêncio dentro de nossas famílias

O clima familiar deve promover o silêncio. A maneira de falar, de conversar com os outros, começa com a maneira como falamos com nossos filhos. Gritos e discussões não favorecem o silêncio, especialmente porque, atacando o sistema nervoso, eles causam outros gritos. Se começarmos a gritar para dizer aos nossos filhos: “Parem de gritar”, é improvável que funcione! As crianças nos imitam. Um professor explicou que quando ele queria o silêncio em sala de aula, começava a falar baixinho. Para ouvi-lo, os estudantes foram obrigados a silenciar e prestar realmente atenção. Isto é certamente mais fácil dizer do que fazer e requer muita paciência. Paciência que muitas vezes é colocada à prova. Basta perguntar aos pais por volta das 7h da noite!

Esse silêncio que as crianças precisam

Muitas crianças estão acostumadas a viver com um “fundo musical” a todo tempo: televisão continuamente ligada, ou até mesmo ligados ao fone de ouvido durante todo o dia. Isso certamente não é bom em nenhum ponto de vista, especialmente no que se refere à vida de oração. Na verdade, todo esse barulho ataca o organismo. A criança se acostuma a ouvir sem escutar e, portanto, sem estar atenta. Ela registra, na maioria das vezes inconscientemente, inúmeras mensagens (raramente construtivas e nem sempre inocentes) que confundem sua memória, perturbam sua inteligência e obscurecem seu julgamento. A criança, como o adulto, precisa de um mínimo de silêncio, e até de solidão, para se encontrar, para ser ela mesma, para “fazer de sua vida uma conversa com Deus “. Na música, os espaços em silêncio são responsáveis por colocar valor em cada nota. Da mesma forma, na vida, são os momentos de verdadeiro silêncio que dão peso às palavras e ações. Torna-se então possível estar continuamente atento à presença divina, mesmo em meio à um mundo agitado. Como disse Dom Augustin Guillerand (padre e escritor francês), “quanto mais suas obras nascerem do silêncio, mais serão vivas e revigorantes”.

O silêncio que a criança precisa é também aquele que envolve seu “jardim secreto”. Elas têm o direito de não dizer tudo, têm o direito de não ouvir de outros aquilo que a elas é mais íntimo. Claro, o que elas dizem à mãe o pai também pode saber…, mas não necessariamente o irmão mais velho ou a avó. Um segredo é um segredo e a confiança merece respeito, mesmo quando vem de uma criança. E neste jardim secreto, “um jardim bem fechado, uma fonte selada”, a criança vive sua intimidade com Deus. É importante e até mesmo vital.

Christine Ponsard

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