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O que fazer quando seu marido trabalha muito

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© wavebreakmedia / Shutterstock

Edifa - publicado em 17/01/20

Fim de semana cancelado, horários tardios, falta de disponibilidade e de escuta. Tal é a vida diária dos casais onde um dos cônjuges trabalha muito. Sugestões para mudar a sua atitude ou a do outro para aprender a dedicar mais tempo à família

Muitos maridos jáouviram as amargas reprovações das suas esposas: “Vocênunca estápresente… O que importa éo teu trabalho, os teus ficheiros, o teu negócio, a família vem em segundo lugar… Sinto que estás aborrecido comigo… etc.». E a resposta érápida : “Não pensa que estáa exagerar? E em primeiro lugar, se eu trabalho, para quem é? De todos os modos, dentro de alguns anos ficarámelhor… Éum período em que tenho de aguentar… éisso”. Neste caso, como em tantos outros, éimportante que cada parceiro faça um esforço de empatia ditado pelo amor: tentando entender o funcionamento do outro, seus sentimentos, sua maneira de conceber a vida como um casal.

O “nós dois” da mulher

Vocêtem que entender a imensa expectativa que uma mulher tem do casamento. Para a grande maioria delas, a felicidade deve começar nesse dia. A mulher estáansiosa por isso. Ela fala apaixonadamente do “nós” àsua metade: “Nós dois vamos falar… Nós os dois faremos um caloroso ninho para os nossos pequenos… Nós dois vamos rezar juntos”. “Nós os dois!” uma palavra mágica, carregando uma esperança louca. “, uma palavra mágica, carregando uma esperança desmesurada. Tanto que às vezes énecessária a presença contínua da pessoa amada, e qualquer separação édifícil de suportar. Mesmo quando ela trabalha, ela não corta o fio que a liga ao marido, aos filhos, àcasa e nunca deixa de pensar naqueles que ela ama.

Se háalgum momento em que ela tem muitas expectativas, éo fim de semana e édomingo – o dia do seu “senhor”! Quando era jovem, ela gostava daqueles domingos quando conheceu seu futuro marido, e quando ele a deixava no domingo ànoite, ela pensava que quando se casasse, ele seria totalmente seu. Agora, precisamente este famoso domingo se tornou um dia em que ele prefere fazer bricolagem o acabar o seu trabalho. Na verdade, como éque ela não se poderia sentir como se tivesse sido enganada?

O “modo de funcionamento” do marido

Em geral, um homem sente menos necessidade do que sua esposa da presença permanente de seu ente querido (exceto quando ele se sente como um mal-amado). Uma presença cíclica pode lhe satisfazer. Menos unificado que a esposa, ele compartimenta mais a sua vida, podendo ser absorvido inteiramente pela ocupação do momento. Se ele estáno escritório, não estáem outro lugar… e uma chamada da esposa não lhe traz necessariamente um grande prazer. Quando ele estácom amigos, ele desfruta da boa companhia, sem pensar a cada segundo em quem o espera em casa.

Éclaro que a esposa estáconsciente de que seu marido tem obrigações profissionais imperativas ou uma grande necessidade de relaxamento (como ela também pode ter), mas o que a irrita éque às vezes ela tem a impressão de que “ele gosta isto” (mais do que ela), que ele não sofre com a ausência dela, que ele não sente falta dela. Assim na medida em que cada um se esforça para compreender o outro, as soluções podem ser facilmente encontradas.

E se todos fizessem um pequeno esforço?

O homem pode, por exemplo, fazer uma anotação no seu diário dos espaços de tempo reservados para o casal, dando àsua esposa um presente de tempo de presença. Ele também pode lhe explicar que alguns dias ele preferiria estar em casa do que no escritório. E algumas noites, ele pode fazer uma surpresa e chegar cedo do trabalho, ou oferecer um fim de semana romântico num lugar encantador, compensando suas ausências com momentos de total disponibilidade e atenção.

Por seu lado, a esposa não deve questionar o amor do marido porque este trabalha demais. No final, éesse sentimento de não ser amado ou menos amado que muitas vezes faz com que a esposa não goste desse trabalho, que étão exigente como uma rival. Équando ele estános seus braços que a mulher pode julgar o amor do marido por ela, porque nesse momento ele éinteiramente dela, e seria um erro o rejeitar (para o castigar por suas ausências!) ou o amuar falando com ele sobre suas preocupações profissionais.

Também não se deve esquecer que o que os cônjuges fazem separadamente, não devem deixar de fazer “em nome” do “nós” conjugal. São João Crisóstomo explicou que quando os cônjuges cristãos são separados para avançar, cada um àsua maneira, para a sua tarefa, eles são como a Trindade que nunca se torna menos profundamente unida no trabalho de cada um.

Denis Sonet

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