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Qual é o caminho da felicidade?

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© Soloviova Liudmyla

Edifa - publicado em 17/03/20

Existem muitos caminhos que podem nos levar à felicidade, mas apenas um guia para a verdadeira felicidade. Por ocasião do Dia Mundial da Felicidade, nesta sexta-feira, 20 de março, nós o revelaremos

O desejo de felicidade está profundamente inscrito em cada um de nós. E por uma boa razão, pois foi o próprio Deus quem o colocou no coração do homem. Portanto, é normal querer ser feliz: somos feitos para isso! O principal é não se deixar confundir pelo significado de felicidade.

Em nossa busca pela felicidade, o Maligno procura nos prender, balançando diante de nossos olhos prazeres falsos e satisfações medíocres. No entanto, essas coisas não são capazes de nos preencher, porque não podemos nos enganar em uma felicidade incompleta.

Nós somos feitos para a felicidade de Deus. Toda outra pseudo-felicidade só pode nos decepcionar e nos deixar com “famintos”. Por meio das bem-aventuranças, Jesus recorda nossa vocação para a felicidade e descreve suas “instruções de uso” (Mt 5, 1-2).

“Não busque tesouros sobre a terra”

O caminho da felicidade o qual Jesus nos convida a seguir é desconcertante: trata-se de pobreza, de lágrimas, de perseguição, de fome e de sede. Exatamente o oposto da ideia que o mundo faz de felicidade! Será que não sonhamos com um caminho fácil para nós mesmos e para nossos filhos?

Basicamente, gostaríamos de conciliar a conquista da felicidade terrena – conforto material, sucesso social e profissional, prazeres – e a busca pela felicidade eterna. Mas Jesus é claro: “Entre pela porta estreita” (Mt 7, 13); “Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me” (Lc 9, 23); “Não ajunteis para vós tesouros na terra” (Mt 6:19); “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16, 13).

Temos que escolher: realmente queremos a felicidade infinita com a qual Deus deseja nos preencher? Se assim for, precisamos colocar definitivamente nossos passos nos de Jesus. Não podemos ser mornos ou divididos: um pouco para Deus, um pouco para o mundo. É um ou outro. Em quem confiamos: no Senhor ou em nossa conta bancária? Que ambição temos para nossos filhos: Felicidade Eterna com Deus (em outras palavras: santidade) ou sucesso terrestre?

“Não vos inquieteis com o que haveis de comer ou beber; e não andeis com vãs preocupações. Porque os homens do mundo é que se preocupam com todas essas coisas. Mas vosso Pai bem sabe que precisais de tudo isso. Buscai antes o Reino de Deus e a sua justiça e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo.” (Lc 12, 29-31).

A felicidade eterna com Deus é tão difícil assim de alcançar?

A felicidade que vem de Deus não é uma promessa distante, ela é oferecida a nós hoje. Se lermos atentamente as oito bem-aventuranças, como são relatadas a nós por São Mateus, notaremos que a primeira e a oitava estão no presente, pois o Reino é dado no hoje àqueles que o procuram. Quem deseja o que é justo aos olhos de Deus, que espera tudo Dele, prova hoje a alegria do Céu, de maneira concreta e tangível.

Jesus prometeu isso para nós: a tudo aquilo que renunciamos por causa dele, nos é devolvido cem vezes mais (Mt 10, 29-30). Buscar o Reino de Deus não quer dizer que conheceremos apenas dificuldades e amarguras na Terra, pelo contrário! Quanto mais nosso coração se apega ao Senhor, mais se abre para as alegrias de todos os dias, pequenas ou grandes, mas muito reais! Quanto mais buscamos o Reino, mais o restante nos é dado!

O Reino do Céu nos parece difícil de alcançar. Essa é uma tarefa que parece complexa para nós. No entanto, o Senhor nos colocou apenas uma condição: “Quem não se torna criança não é digno de entrar no Reino”. Infância é sinônimo de amor ilimitado, abandono aos pais em todas as coisas. A criança, como o pobre, é aquela que confia incondicionalmente no amor de seu pai.

Não nos atrevemos a apostar tudo em Deus, e esperar nossa felicidade somente dele, porque temos medo da cruz. Mas Deus não envia sofrimento, ele dá alegria no momento chamado hoje. E quando encontramos a provação, ele nos oferece a partilha-la com ele em vez de fugir dela, e assim encontrar ali um sabor da felicidade eterna. Será que este é o nosso desejo?

Christine Ponsard

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