Para poder dar, é preciso primeiro identificar as necessidades. Não é fácil aprender a abrir os olhos. Quem é o mais necessitado ao meu redor? As crianças são surpreendentes na percepção da angústia.
A Quaresma é uma oportunidade para desenvolver o sentido da acolhida, primeiro de forma pessoal, mas também em família. Não é algo tão natural ficar à vontade com um amigo deficiente, doente ou possivelmente vindo da rua. Por isso conversar sobre isso é essencial.
Aproveite também para colocar em prática no seu cotidiano atitudes desinteressadas. Um beijo entre os esposos antes de partir pela manhã; passar um tempo brincando com o seu filho; um ato de confiança a um filho adolescente; um gesto de amor com a sua sogra, entre outras.
O desafio aqui é fortalecer a comunhão familiar, deixar Deus viver nela. E por que não decidir viver essas pequenas iniciativas mesmo depois da Quaresma?
Yolande Bésida