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Medo de ganhar peso durante a quarentena?

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Edifa - publicado em 16/04/20

Você não consegue ver a conexão que pode existir entre ganhar ou estar acima do peso e a vida cristã? Você acha que esse assunto parece mais se encaixar nos milhares de conselhos de dieta passados nos meios de comunicação? Pode ser que as idas à geladeira e a mania de fazer pequenos lanches esteja indo de vento em poupa durante a quarentena. Atenção, pois esses dois assuntos estão bem conectados

Basta olhar ao nosso redor para entender que os regimes e os remédios para emagrecer têm um futuro brilhante pela frente. Talvez muitos de nós estejam tentando manter uma alimentação saudável, mas os quilos extras podem se tornar uma preocupação real tanto para homens quanto para mulheres daqui até o fim da crise do Covid-19.

De certa forma, cuidar da sua aparência física é algo normal, até mesmo são. Mas o que pode nos surpreender é a importância exagerada que estamos dando a essa preocupação. E ainda mais quando falamos de cristãos, pois eles parecem não estabelecer nenhuma ligação entre sua dieta e sua fé; entre o desânimo diante dos quilos a mais (apenas “golpes de depressão” por razões óbvias!) e a esperança da Páscoa. E o que é verdade para adultos também é verdade para crianças, especialmente meninas adolescentes.

Colocar-se totalmente nas mãos de Deus

No entanto, a fé não é apenas uma parte de quem somos e do que vivemos. Crer é depositar toda a nossa confiança em Deus, nos colocar completamente nas mãos de Deus, nos render inteiramente ao seu amor. Ou seja, mesmo com nossos quilos extras e todas os problemas que eles nos causam. Porque Cristo ressuscitou, toda a nossa vida é transformada, inclusive em suas dimensões menos nobres.

Os quilos extras é um exemplo dentre muitos, escolhido porque diz respeito a um grande número de pessoas. Mas podemos dar muitos outros exemplos: quantas vezes, de fato, somos tentados a viver certos aspectos de nossa vida “ao lado” de Deus e não em Deus, como se parte de nós não coubesse a ele! Cabe a cada um fazer um balanço e discernir à luz da Ressurreição, o que está sendo ocultado, o que não está sendo vivido em Deus.

Ofertar o desejo da beleza à luz da Ressurreição

Disso nos lembra São Paulo: “Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus” (Col 3, 1). Tender para as realidades do alto não significa desprezar nosso corpo. Pelo contrário, possuindo o chamado de ressuscitar com Cristo, nosso corpo é destinado às “realidades do alto”.

O mistério da Ressurreição nos convida a ver em nosso corpo muito mais e muito melhor do que aquilo que nos dizem as revistas de moda. A beleza, de fato, é uma “realidade do alto”: aspiramos a ela e é o próprio Deus que coloca esse desejo em nós.

Sofrer com as imperfeições corporais é muitas vezes justo, porque todos, junto ao nosso corpo, somos feitos para a beleza. No entanto, devemos colocar esse desejo de beleza sob a luz da Ressurreição.

Para isso, será necessário despojá-lo de tudo o que nele seja impureza, busca egoísta (quando os quilos em excesso sufocam nossa alegria ou desviam nossa atenção do que realmente importa), orgulho (quando queremos ser os mais bonitos a todo custo) e autossuficiência.

Quando uma criança, um adolescente ou nosso cônjuge reclama do que o torna feio (pelo menos ele/ela se sente dessa maneira), não devemos apenas dizer: “Isso não importa!”, porque é algo importante para ele. No entanto, isso tem apenas uma importância relativa. E é um sinal positivo!

Esse desejo de beleza revela que ele/ela é feito para a beleza, uma beleza imaculada, sem limites, que somos chamados a contemplar eternamente. Peçamos ao Cristo Ressuscitado que abra nossos olhos para esta beleza que já nos é revelada hoje, à luz da Páscoa.

Christine Ponsard

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