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Para as mães: como evitar a exaustão diária quando há muito o que fazer

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fizkes | Shutterstock

Edifa - publicado em 13/05/20

Sentir-se estressada, sobrecarregada e irritada não é bom nem para você nem para o seu ambiente. É por isso que, na corrida diária, uma mãe precisa de tempo para fazer uma pausa. Aqui estão algumas dicas práticas para aplicar para recuperar a energia, mesmo que tenha uma agenda sobrecarregada

É difícil ficar relaxada quando o dia está programado para o minuto, quando você nunca tem um momento para si mesma. No entanto, se não fizermos uma pausa, a fadiga física e psicológica se acumula pouco a pouco.

O risco: que o cansaço se transforme em exaustão e termine com um burn-out materno. “Descansar não é um luxo, mas uma necessidade para o equilíbrio da mãe e também da família”, diz Claudie Arsenaults, que aconselha as mulheres transbordadas.

“Se a Mãe estiver relaxada, isso se espalhará para toda a família!” Parar por alguns minutos durante o dia, respirar, olhar ao redor, é uma boa maneira de recuperar o seu centro, recuperar a calma e depois continuar com a tarefa. A rotina parece menos onerosa quando inclui uma pitada de fantasia e de prazer.

Um ou dois pequenos prazeres por dia

Ter uma perspectiva distanciada sobre os acontecimentos permite encontrar idéias para simplificar a vida, para cuidar da família com mais serenidade. Estes compromissos conosco permitem que as mães saiam para um passeio, tomem ar e também tenham mais coisas a dizer para o seu marido quando voltem.

“Não tenho tempo!” É o que você ouve com frequência responder quando uma mulher é aconselhada a reservar um tempo para si mesma. Mas é um círculo vicioso: quanto mais estresse houver, mais difícil será parar. E quando a exaustão supera, você corre o risco de cair numa depressão, o que não é incomum entre as jovens mães.

Um ou dois pequenos prazeres por dia têm enormes benefícios. No dia a dia, isso pode se traduzir em meia hora ou uma hora no quarto com as portas fechadas para encontrar a paz interior, rezando, lendo ou apenas descansando.

“Eu preciso do meu tempo diário de tranquilidade. As crianças sabem, é um momento para mim e elas respeitam”, explica Joséphine. “Assim que as crianças chegaram, eu deixei o coral”, diz Emmanuelle, que tem gêmeos de três anos e um bebê.

“Coloquei a música de lado. É claro que minhas prioridades mudaram, mas às vezes me faria bem voltar a cantar. Canto no chuveiro, enquanto cozinho, mas principalmente com meus filhos e meu marido”.

Existem “truques” que também podem ter um efeito positivo no humor (tomar banho, soneca, café ou chá sozinhos) e podem se tornar hábitos. O mais importante é desligar o telefone quando mergulharmos no momento de relaxamento.

Além disso, é possível agendar uma atividade agradável por semana. Esse espaço semanal mais ou menos longo permite que você participe de uma atividade restauradora. Existem inúmeras idéias e cada uma tem seu ritual e sua fórmula.

Alguma de nós preferirá pegar seus pincéis e pintar, outra vai desabafar na academia. Rozenn passa um tempo cuidando de seu corpo, Agathe encontra o melhor da felicidade numa hora de leitura de um bom livro, Guillemette prepara uma bandeja com algo para beliscar uma vez por semana e vê “um filme de garotas”.

Por que não uma pausa espiritual?

Obviamente, todas as mães não têm as mesmas necessidades nem com a mesma idade. “Quando as crianças eram pequenas”, explica Brigitte, cujos três filhos mais velhos são casados, “um momento regular de total tranquilidade era indispensável para mim. Agora, preciso menos desses momentos de silêncio e solidão”.

O essencial é aceitar os limites pessoais. A pausa pode entrar na esfera social, artística, esportiva, mas também espiritual. “De qualquer forma, você precisa encontrar um tempo para rezar”, explica Katia, “caso contrário, você não é a filha de Deus que deseja ser.

Quando eu rezo, vejo todos os aspectos positivos desse filho que me preocupam, e o mesmo para o meu marido. Saio da oração com imensa paz.”

Às vezes, a velocidade do dia é tal que esses momentos de oração também são comprimidos, quando não caem no esquecimento.

“Durante anos, tenho estado muito agitada pela manhã e exausta pela tarde. Hoje, decidi voltar aos momentos de oração pessoal. Eles são curtos, mas diários, e me permitem manter a confiança de que preciso”, explica Annick.

O apoio de grupos de oração como os oferecidos pelo movimento francês Prière des mères é muito valioso. “Eu sei que lá posso compartilhar as coisas que mais pesam em mim”, continua Annick. “Nós não julgamos; pelo contrário, entre nossas reuniões continuamos a rezar umas pelas outras.”

Uma falsa culpa

“Não posso deixar de me sentir culpada se eu estou um tempo comigo mesma”, confessa Agnès. “Tenho a impressão de que não estou cumprindo meu dever”. De fato, esse sentimento de egoísmo afeta mais de um, porque o equilíbrio está numa linha muito fina.

De acordo com Marion: “Você precisa realmente ouvir, dependendo das prioridades que tenhamos instaladas na vida, e analisá-las frequentemente com um acompanhamento”.

Tenha cuidado também com aquelas que acreditam que são indispensáveis.

Como Katia observa: “As mães tendem a acreditar que seus filhos não podem ser felizes sem elas. No entanto, pode ser bom que uma noite eles comam uma pizza sozinhos com o seu pai. É impossível responder a todos os seus pedidos? Não é uma coisa ruim que, desde tenra idade, aprendam calmamente o sentimento de frustração que experimentarão ao longo de toda a sua vida: a fusão não é a solução a longo prazo.”

De acordo com Brigitte, uma mãe de família deve respirar bem um bom tempo todos os dias. É uma urgência! “Só podemos dar o que recebemos”, diz ela. “Se estou exausta, não posso contribuir com nada para os outros, a fonte está seca. Para se dar bem, você deve primeiro colher o que recebe de Deus e de nosso marido. Com eles, você verá até onde pode ir”.

Florence Brière-Loth

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