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“Estou solteiro(a) há muito tempo. Será que Deus me quer celibatário(a)?”

SAD WOMAN

Africa Studio I Shutterstock

Edifa - publicado em 02/06/20

Mesmo com tantas tentativas em encontrar a alma gêmea (saídas, sites de encontros, redes sociais, amigos em comum e encontros da paróquia), o status de solteiro parece se eternizar para algumas pessoas. Surgem, então, o cansaço e o desânimo diante de uma solidão emocional que se instala. E ainda uma questão: será que essa é a vontade de Deus?

Será que Deus deseja que eu seja celibatário(a)? Será que ele tem um projeto para cada ser humano, a tal ponto que seria um erro querer fazer minha própria vontade?”.

Essas são algumas das perguntas que as pessoas solteiras podem se fazer. Bem… Não! Deus não decretou que tal pessoa fosse celibatária. Assim como ele nunca decretou que tal homem ou mulher deveria se casar com tal pessoa.

Deus não fez do homem um robô, ele lhe deu liberdade. Deus dá ao homem o poder incrível de escolha para que ele possa se autoconstruir. Esse é exatamente o drama humano, essa possibilidade dada ao homem de “se fazer”, tanto para o bem quanto para o mal. No final de sua vida, o homem poderá dizer: “Eu moldei a minha ‘estátua eterna’. Eu não fui uma marionete manipulada por um Deus todo-poderoso”.

Certamente Deus acompanha cada pessoa com cuidado na rota escolhida por cada um, mas nunca compromete nossa liberdade. No entanto, ser livre é ter precisamente essa faculdade de escolher a direção que a sua vida irá tomar.

Mas, por que então algumas pessoas ainda estão solteiras, apesar de seus esforços? Eles sonham tanto em começar uma família! Eles multiplicam os encontros, oram e fazem peregrinações para que Deus coloque em seu caminho essa alma gêmea tão desejada. Por que então os seus esforços parecem ser em vão?

A lista de perguntas para ajudar a compreender a vida de solteiro

Porque os homens são livres, há sempre uma parte que é de sua responsabilidade. Uma pessoa solteira que deseja encontrar um grande amor pode se fazer as seguintes perguntas essenciais, mesmo que elas sejam um pouco incômodas. Essas perguntas auxiliarão na melhor compreensão do seu tempo como solteiro (e certamente ajudarão a mudar alguns de seus comportamentos):

– Será que eu não desejei esse tempo de celibato, tendo, por exemplo, esperado um pouco demais para que um esposo(a) perfeito caísse do céu?

– Será que eu não teria uma certa apreensão, um medo inexplicável da vida de casal? (Muitos solteiros, nesse caso, perdem as oportunidades de encontros que seus amigos sutilmente preparam para eles!)

– Será que eu não deixei de me abrir para frequentar lugares onde eu poderia encontrar alguém?

– Será que eu me mostrei aberto e disponível, ou eu fugi?

– Será que eu temo revelar e reconhecer as qualidades profundas que me habitam? Não podemos amar uma pessoa senão quando a admiramos primeiro, e não podemos admirá-la se não a conhecemos. Ora, não a conhecemos enquanto não a descobrimos – através de uma comunicação honesta e verdadeira, descobrimos o diamante que está em seu interior.

– Por fim, será que não mirei muito alto, buscando conhecer o ser perfeito que não existe? (Quantos solteiros ainda estão esperando a pérola, o príncipe encantado, a princesa dos sonhos que é impossível de encontrar?!)

E Deus nisso tudo?

Uma parte depende daquele que está solteiro, isso é verdade, mas outra parte depende das circunstâncias. E se até então a pessoa certa ainda não apareceu, você precisa saber como dar sentido ao seu celibato.

Quantos solteiros foram capazes de encontrar satisfação em seu estado porque foram capazes de se proporcionar um plano de vida emocionante! Você tem que dar à sua vida um objetivo gratificante.

Por exemplo, desenvolvendo suas qualidades artísticas, que muitas vezes ficam em segundo plano. Ou dedicando-se a uma tarefa útil para a sociedade, para a Igreja, pelos que sofrem: nada se compara a alegria de deixar um coração menos triste.

E quanto a Deus? Bem, seja qual for o caminho que escolhermos seguir, Deus nos dará as graças correspondentes para a vivência do nosso estado de vida. Deus é como um GPS.

O homem é o responsável por escolher o seu destino, e o GPS o ajuda a chegar lá. E se, ao longo do caminho, o homem mudar de rumo, o GPS não o abandonará, ele reajustará a rota.

Em outras palavras, para cada nova situação, Deus colocará no caminho de cada pessoa novas graças, enquanto espera que no final desta jornada terrena, a pessoa conheça a alegria das “núpcias eternas” com o Noivo perfeito.

Denis Sonet

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