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Como negociar com o seu filho

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George Rudy - Shutterstock

Edifa - publicado em 01/07/20

Sempre que você pergunta algo ao seu filho, ele argumenta, discute e negocia? Essas situações fazem você questionar suas habilidades parentais? Não entre em pânico, existe um método para que seus pedidos sejam ouvidos sempre!

Desde a hora de dormir até o tempo gasto assistindo a desenhos, sem esquecer o quarto, que eles vão arrumar “mais tarde”, nunca faltam argumentos para as crianças negociarem as regras estabelecidas. Uma guerra exaustiva, inclusive para os melhores pais.

O ex-oficial francês Laurent Combalbert testemunha: “Passei os últimos quinze anos preparando e conduzindo negociações consideradas as mais difíceis e arriscadas do mundo. E, ainda assim, essas negociações estão longe de se igualar em termos de complexidade às que eu conduzo diariamente em casa. De fato, tenho quatro filhos!”.

Tentando ser um negociador melhor do que seus filhos, Laurent Combalbert explica como pôr um fim às discussões e manter a calma em casa.

Defina claramente o que é “não negociável”

O ponto fraco dos pais? O afeto. É ele quem os paralisa diante de uma lágrima ou de uma súplica de relevância habilmente medida: “Por que não, se eu tenho 9,0 na média de matemática neste trimestre?”. Nem sempre é fácil resistir. Mas não devemos esquecer que “o relacionamento que os pais têm com [seus filhos] é principalmente para educá-los e, com frequência, dizer não”, diz o especialista em negociações.

Entre as regras adotadas em casa, “é essencial definir aquilo que não é negociável, ou seja, os assuntos sobre os quais é possível conversar à título de explicação, mas cuja execução não se pode questionar”, continua o treinador. Educação, segurança, respeito pelos outros, participação na missa dominical, dentre outros – cada família trabalha à sua maneira. O “não negociável” deve ser claramente definido pelo casal e expresso às crianças com convicção.

Reserve um tempo para explicar as regras

Isso significa que certas regras são negociáveis? Sim, mas “negociar não é ceder”, insiste o profissional. “Negociar a forma permite não precisar negociar o sujeito principal”, observa ele. É assim que um “Você precisa arrumar seu quarto” pode se tornar “Você pode arrumar seu quarto antes de ir jogar ou depois de tomar banho”. Inteligente!

Finalmente, negociar com as crianças de maneira alguma significa ser compassivo ou afundar-se na resignação. É, pelo contrário, reservar um tempo para explicar as regras, fixar sanções e responder às suas perguntas. Essas conversas de “anti-crise” fortalecem a autoridade dos pais e protegem contra o autoritarismo. São como um arsenal de paz graça ao qual ninguém mais resistirá às regras estabelecidas. Seja colocando um rostinho bonito ou não!

Élisabeth Caillemer

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